“Rede de conselheiros do trabalho” vai apoiar imigrantes
Governo aprovou a criação de uma rede para apoiar a mobilidade, "contribuindo para uma imigração regulada e para o ajustamento entre a oferta e a procura de emprego transnacional".
Vêm aí medidas para reforçar a integração dos imigrantes no mercado de trabalho português. O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros uma série de medidas para promover o emprego, entre as quais estão duas dirigidas especificamente aos imigrantes. Uma delas é a criação de uma “rede de conselheiros do trabalho” que vai estar presente em determinados países para ajustar “a oferta e a procura de trabalho”.
“Destacaria as medidas específicas de apoio aos trabalhadores que escolhem o nosso país para viver ou trabalhar, ou que pretender vir para o nosso país viver e trabalhar. Há uma dupla valência. Por um lado lado, os adidos do trabalho. Por outro, a medida Integrar, que tem que ver com a situação daqueles que já cá estão“, explicou a ministra do Trabalho, na conferência de imprensa que seguiu a reunião de Conselho de Ministros.
No que diz respeito aos adidos do trabalho, em causa está a criação de uma “rede de conselheiros do trabalho“, que serão colocados em embaixadas de países terceiros, com dois objetivos: colocar em contacto empresas que queiram recrutar trabalhadores estrangeiros e orientar imigrantes que queiram vir para Portugal trabalhar “de forma regulada”.
A intenção é ajustar, deste modo, a oferta de mão de obra à procura de emprego, o que também já estava claro no plano de migrações apresentado há algumas semanas pelo Governo.
Questionada sobre os países onde esses adidos estarão colocados, a ministra do Trabalho adiantou: “Estes adidos, tenho a ideia que, neste momento, são seis. Mas a ideia é expandir esta rede e colocá-los em embaixadas de países terceiros, que são, tradicionalmente, os de expressão portuguesa“. A responsável admitiu, contudo, que a rede poderá ser alargada a outros países, desde que se justifique.
Por outro lado, quanto aos estrangeiros que já estão no país, o Governo quer reforçar a sua integração no mercado de trabalho. Pensado especificamente para aqueles que perderam o seu vínculo de trabalho ou nunca chegaram a consegui-lo, vai ser criada uma rede de parceiros coordenada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Serão abrangidos os imigrantes que estejam inscritos nos centros de emprego como desempregados ou à procura de emprego, sendo que lhes será disponibilizado “acompanhamento individual através de um tutor e também cursos de formação e língua portuguesa“.
Atualizada às 16h31
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