Quase três em cada dez desempregados encontraram emprego no segundo trimestre

Mais de 105 mil pessoas passaram do desemprego ao emprego, enquanto 60 mil fizeram o percurso inverso. Entre os trabalhadores por conta de outrem, quase 167 mil passaram para os quadros.

Mais de 105 mil pessoas que estavam desempregadas no arranque deste ano encontraram um novo trabalho entre abril e junho. Ou seja, 28,5% dos desempregados passaram a estar empregados, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em sentido inverso, 60 mil pessoas que estavam a trabalhar perderem o emprego entre o primeiro e o segundo trimestre.

“Do total de pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre de 2024, 52,8% (195,1 mil) permaneceram nesse estado no segundo trimestre de 2024, 28,5% (105,3 mil) transitaram para o emprego e 18,7% (69,2 mil) transitaram para a inatividade”, adianta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

Por outro lado, do total das pessoas que estavam empregadas nos primeiros três meses do ano, a maioria (96,9% ou 4,9 milhões de indivíduos) manteve-se nessa situação.

Ainda assim, 60,8 mil pessoas (o equivalente a 1,2% da população empregada) perderam o seu posto profissional, enquanto 97,5 mil (1,9%) passaram à inatividade, isto é, não só deixaram de trabalhar, como não estão a procurar um novo emprego nem sequer estão disponíveis para abraçar um novo desafio profissional.

Já entre quem estava na inatividade no arranque do ano, 95,3% mantiveram-se nessa situação (quase 3,5 milhões de pessoas), enquanto 2,1% (76,1 mil pessoas) passaram ao desemprego, enquanto 2,6% (93,5 mil pessoas) passaram a estar empregadas, como mostram os gráficos abaixo.

Ora, com base nestes dados dos desempregados, dos empregados e nos inativos, o INE destaca que o fluxo líquido do emprego (total de entradas menos o total de saídas) foi positivo, no segundo trimestre. Já o fluxo líquido do desemprego foi negativo. “No segundo trimestre de 2024, verifica-se que o fluxo líquido entre o emprego e o desemprego é aquele que contribui para a diminuição do desemprego“, acrescenta o INE.

Quase 167 mil passaram para os quadros

Os dados divulgados esta manhã pelo INE permitem também perceber os fluxos de trabalho relativo ao tipo de vínculos estabelecidos entre os profissionais e os empregadores nacionais, sendo que, dos trabalhadores por conta de outrem que tinham contratos a prazo no arranque do ano, quase 167 mil passaram a ter um contrato sem termo no segundo trimestre. É o equivalente a 23,7% dos que estavam com contratos não permanentes.

Por outro lado, o gabinete de estatísticas adianta que, dos trabalhadores que estavam a cumprir funções a tempo parcial, 77,4 mil passaram a trabalhar a tempo completo entre abril e junho, o correspondente a 18%.

Outro dado relevante é que, das pessoas que já estavam empregadas, 159,2 mil mudaram de trabalho entre o primeiro e o segundo trimestre. Por outro lado, das pessoas que já tinham um trabalho no início do ano, 102,2 ml passaram a ter dois ou mais empregos, entre abril e junho.

Quanto aos mais jovens, é de destacar que, entre aqueles que não estavam empregados no primeiro trimestre nem em formação, 20,9% (44,4 mil indivíduos) transitaram para o emprego, enquanto 17,6% (37,6 mil) passaram a frequentar um nível de escolaridade ou formação.

(Notícia atualizada às 11h49)

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