Aposta nos Certificados de Aforro cai há nove meses
Famílias continuam sem grande interesse nos certificados do Estado como forma de rentabilizar as suas poupanças.
Os certificados continuam fora do radar das famílias portugueses, sendo que os outrora populares Certificados de Aforro registam quebras de investimento há nove meses, depois de o Governo ter cortado a taxa de juro deste produto de poupança.
Entre subscrições e resgates, os Certificados de Aforro observaram um saldo negativo de 19,29 milhões de euros em julho, mantendo a tendência que se verifica desde novembro do ano passado, período em que acumula saídas líquidas de 130 milhões. Ainda assim, estes certificados continuam a assegurar uma grande fatia da poupança das famílias: 33,9 mil milhões de euros era o valor investido no final do mês passado.
Em junho do ano passado, o Governo decidiu cortar a taxa de juro quando lançou a nova Série F e, desde então, que o interesse das famílias se desvaneceu, até porque os bancos também começaram a remunerar os depósitos de forma mais adequada.
Quanto aos Certificados do Tesouro, que atingiram o auge antes da pandemia, há 33 meses que registam mais saídas do que entradas. Em julho registou subscrições líquidas negativas de 82,9 milhões de euros, com o valor do investimento a cair para 10,2 mil milhões.
Tudo somado, as famílias detinham 44,18 mil milhões de euros em aplicações nos certificados.
(Notícia atualizada às 12h08)
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