Motociclistas conquistam faixa do BUS em Lisboa

  • Lusa
  • 23 Junho 2017

Motociclistas vão poder andar em mais faixas BUS de Lisboa e ter 1.450 novos lugares.

A Câmara de Lisboa quer alargar a área da cidade onde os motociclistas podem circular nas faixas de transportes públicos e quer criar 1.450 novos lugares de estacionamento em oito freguesias, segundo uma proposta em discussão na quarta-feira.

No documento levado a reunião pública, assinado pelos vereadores Manuel Salgado (Planeamento) e Carlos Manuel Castro (Mobilidade de Proximidade), explica-se que a alteração do Código da Estrada veio permitir esta aplicação, mediante deliberação municipal.

Consultadas pela autarquia, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) emitiram pareceres favoráveis a este alargamento. Paralelamente, serão criados cerca de 1.450 novos lugares de estacionamento para motociclos, medida que visa dar resposta ao “forte incremento na utilização deste modo de transporte”.

“Estes [lugares] resultarão da expansão de alguns dos locais atualmente já dedicados a este efeito e da criação de novos espaços, nas zonas da cidade onde já existe estacionamento tarifado, estando abrangidas as freguesias de Arroios, Avenidas Novas, Santo António, Penha de França, Santa Maria Maior, São Vicente, Campo Ourique e Campolide”, precisa o município, adiantando que a medida será, futuramente, alargada a outras zonas da cidade.

“A implementação deste projeto-piloto […], incidindo numa fase experimental limitada a alguns corredores ‘bus’, foi concluída do final do ano passado, dado que existiu a necessidade de realizar obras físicas e a alteração de infraestruturas de sinalização luminosa automática de tráfego, estando atualmente a concluir-se a sua monitorização e avaliação”, apontam os autarcas na proposta a que a Lusa teve hoje acesso.

Depois de uma experiência semelhante no Porto, o projeto testado em Lisboa (a pedido inicial do CDS-PP) demonstrou “a possibilidade de se manter a convivência entre transportes públicos e motociclos/ciclomotores em corredores ‘bus”, sublinham Manuel Salgado e Carlos Manuel Castro. Por essa razão, a autarquia de maioria socialista pretende alargar o projeto.

Ao todo, são 93 localizações, já que nalguns troços há mais do que um corredor. Em causa estão os corredores ‘bus’ na Alameda D. Afonso Henriques, Alameda das Linhas de Torres, Avenida Almirante Gago Coutinho, Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, Avenida da Liberdade, Avenida da República, Avenida das Forças Armadas, Avenida de Ceuta, Avenida do Brasil, Avenida Duque de Loulé, Avenida Engenheiro Duarte Pacheco Pereira, Avenida dos Estados Unidos da América, Avenida Fontes Pereira de Melo, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Marechal Gomes da Costa e na Avenida Padre Cruz.

Acrescem a Avenida Professor Egas Moniz, Calçada de Carriche, Campo Grande, Campo Pequeno, Estrada da Correia, Estrada da Luz, Largo da Luz, Largo Malvar, Praça D. Pedro IV, Praça dos Restauradores, Praça Duque de Saldanha, Rua Alexandre Herculano, Rua Áurea, Rua C do Aeroporto, Rua das Murtas, Rua Engenheiro Vieira da Silva, Rua Joaquim António Aguiar, Rua Marquês da Fronteira e a Rua Primeiro de Dezembro.

Inicialmente, estavam abrangidas as avenidas Calouste Gulbenkian e de Berna (entre a Praça de Espanha e o Largo Azeredo Perdigão) e a Rua Braamcamp (entre a Rua Rodrigo da Fonseca e a Rua Duque de Palmela). A Câmara excluiu corredores ‘bus’ onde, em determinado troço, apenas existe uma pista de circulação num dos sentidos e onde há infraestruturas de via, nomeadamente carris, destinadas a transporte público realizado com elétricos clássicos e elétricos modernos.

Foram ainda excluídos corredores ‘bus’ de ligação a zonas de interfaces de transportes públicos e respetivas vias internas aos referidos interfaces e aqueles que estão destinados a garantir priorização semafórica, nomeadamente no acesso a cruzamentos.

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