Pinho sobre suspeita de corrupção: é “um absoluto disparate”
O antigo ministro das Economia, em declarações o semanário Expresso, diz que não foi constituído arguido nas investigações do Ministério Público ao caso dos CMEC.
Foi no início de junho que a EDP, a EDP Renováveis e a REN foram alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária. Em causa estavam suspeitas em torno dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, mais conhecidos por CMEC, que levaram António Mexia, Manso Neto e mais cinco gestores a serem constituídos arguidos.
Uma das linhas da investigação, recorda o Expresso (conteúdo pago), é uma alegada associação entre o financiamento da EDP à Universidade de Columbia nos EUA, que criou um curso sobre energias renováveis ministrado por Manuel Pinho, e as condições que a elétrica garantiu em 2007 na revisão dos CMEC e na extensão (sem concurso) das concessões das suas barragens.
Este sábado, o ex-ministro da Economia, — que diz que não recebeu “nenhuma comunicação formal nem fui constituído arguido” — quebrou o silêncio sobre o caso e sobre as suspeitas de alegada corrupção: “Não sei se existe essa suspeita, mas se existir apenas posso dizer que se trata de um absoluto disparate e que tudo deve ser investigado até ao mais pequeno detalhe, se existirem dúvidas”, refere Manuel Pinho.
O ex-ministro foi ainda questionado sobre se a relação que tinha com António Mexia terá condicionado a sua independência face às pretensões da EDP enquanto foi ministro da Economia. Ao que Pinho responde: “De forma alguma, tanto mais que a escolha do doutor António Mexia foi, como se sabe, da inteira responsabilidade dos acionistas privados, que em final de 2005 reclamaram o direito de nomear o CEO da EDP. Para eles, era o doutor António Mexia e mais ninguém.”
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