Wall Street recupera com atenção focada em Draghi

Depois de registar a pior queda em seis semanas, Wall Street abriu esta quarta-feira em terreno positivo. Entre as cotadas a recuperar estão as do setor tecnológico. No entanto, a Alphabet continua a ser penalizada pela multa recorde da Comissão Europeia à Google. Os sinais da Europa de que a política de estímulos de Draghi é para continuar também está a influenciar a bolsa norte-americana.

O Dow Jones abriu a valorizar 0,5% para os 21.417,02 pontos e o Nasdaq a subir 0,22% para os 6.160,08 pontos. Quem mais avança é o índice S&P 500 que iniciou o dia a ganhar 0,51% para os 2.431,84 pontos. A Alphabet, dona da Google, continua a cair (0,24% para os 945 dólares por ação) e os títulos da Monsanto, que apresentou resultados esta quarta-feira, estão a subir 0,75% para os 118,11 dólares.

Uma fonte do Banco Central Europeu (BCE) revelou à Reuters que a política acomodatícia vai continuar na Europa durante o período em que a inflação estiver abaixo da meta. Esta notícia, em conjunto com as declarações de Mario Draghi em Sintra, levaram o euro para máximos de um ano. Os investidores esperam agora por saber como é que será retirada a política de estímulos do BCE, ao mesmo tempo que se preocupam com os aumentos da taxa de juro nos Estados Unidos.

No seu discurso desta terça-feira, a presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, manteve a confiança na consolidação da recuperação económica dos EUA ancorada nos bons resultados do emprego. Yellen indicou novamente a taxa de juro, que subiu este mês pela segunda vez este ano, continuará a sua trajetória ascendente.

Contudo, o vice-presidente da Fed, Stanley Fischer, alertou que se deve continuar a vigiar e a monitorizar os riscos financeiros que podem colocar em causa a estabilidade. Os investidores continuam a ter dúvidas acerca da robustez da recuperação económica dos EUA, tal como o Fundo Monetário Internacional que diminuiu a sua previsão para o crescimento económico norte-americano para 2,1% em 2017 e 2017, contra 2,3% e 2,5% estimados há três meses pelo FMI.

Esta quarta-feira, tanto o Brent em Londres como o WTI nos EUA estão a desvalorizar ligeiramente, depois da recuperação verificada no início desta semana.