Lídia Pereira preside à delegação do Parlamento Europeu na COP29
Eurodeputada levará consigo um conjunto de propostas, entre as quais o objetivo de aumentar o tecto de financiamento sustentável global, atualmente nos 100 mil milhões de euros.
A eurodeputada do PSD Lídia Pereira vai presidir a delegação que vai representar o Parlamento Europeu na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29), que decorre entre 11 e 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão. Mohamed Chahim, eurodeputado pelos socialistas, será o vice-presidente.
A decisão consta de uma resolução aprovada no Parlamento Europeu, esta quarta-feira, na qual são destacadas as prioridades do bloco para a próxima COP. Entre elas, consta a ambição de adotar um novo objetivo de financiamento climático global com vista a reforçar a meta global de 100 mil milhões de dólares anuais.
A contribuição para o financiamento da ação climática é uma parte importante do Acordo de Paris de 2015. O acordo fixou um objetivo de 100 mil milhões de dólares por ano no que respeita à contribuição dos países desenvolvidos para o financiamento internacional da ação climática até 2025, mas até ao momento só a União Europeia cumpriu as metas.
O foco desta nova meta será de garantir um apoio financeiro adequado aos países mais vulneráveis às alterações climáticas, especialmente na adaptação e mitigação dos impactos de secas, cheias e crises hídricas, questões cada vez mais críticas na agenda global. Embora não esteja definido, para já, o valor que será colocado em cima da mesa, a eurodeputada esclarece ao ECO que a ideia será abordar o tema com as restantes delegações internacionais.
“Não estamos a discutir ainda valores em concreto porque a ideia é, mais que um valor redondo, fazer uma verdadeira avaliação das necessidades”, explica Lídia Pereira ao ECO.
Certo é que a resolução do Parlamento Europeu reflete a posição dos 27 sobre o alargamento da base de doadores internacionais. Segundo a resolução, a União Europeia irá defender na COP que “todos os países, em função das suas capacidades financeiras, incluindo economias emergentes como a China, a Índia ou a Arábia Saudita, contribuam para o novo objetivo de financiamento climático“, lê-se no comunicado.
“Se queremos um compromisso global efetivo, as grandes economias emergentes precisam estar à altura das suas responsabilidades”, cita o comunicado as declarações da deputada do PSD.
Além do financiamento, a resolução do Parlamento Europeu sublinha a necessidade de maior investimento em tecnologias limpas e inovação, de se avançar com um progresso contínuo no cumprimento das metas de redução de emissões e ainda a definição de metas claras para 2040, que informem os compromissos climáticos até 2035. Contudo, as negociações internas sobre a magnitude desses cortes de emissões ainda estão em curso.
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