Menzies diz que nova taxa cobrada a Transitários é “prática comum”

Nova taxa introduzida pela empresa de "handling" é contestada pelo setor do transporte de mercadorias. Menzies diz que destina-se a salvaguardar as operações "face ao aumento dos custos".

A Menzies Aviation Portugal, antiga Groundforce, considera que a cobrança de uma Taxa de Continuidade de Serviço, contestada pela Associação dos Transitários de Portugal, é “uma prática comum” e destina-se a fazer face ao aumento de despesas nos últimos anos.

“A introdução da taxa de continuidade do serviço é uma prática comum destinada a salvaguardar as nossas operações face ao aumento dos custos de materiais, mão-de-obra e despesas gerais que temos enfrentado nos últimos anos”, justifica a empresa de serviços de assistência em escala em resposta ao ECO.

“Esta taxa permite-nos manter o nível de prestação dos nossos serviços e investir na melhoria das nossas operações e infraestruturas de carga, mesmo perante desafios políticos e financeiros imprevisíveis”, acrescenta.

A Associação dos Transitários de Portugal (ATAP) enviou na sexta-feira um comunicado onde considera a introdução da taxa “abusiva”, nomeadamente por não corresponder a nenhum serviço adicional.

A ATAP “vem a público repudiar veementemente a prática da companhia Menzies, consubstanciada na aplicação de uma taxa — em vigor desde o passado dia 1 de setembro de 2024 — que considera ser arbitrária, insustentável e diametralmente inversa às mais elementares boas práticas de mercado“, afirma na nota enviada às redações.

Os Transitários consideram também que a taxa “extravasa os limites da liberdade de atuação comercial ou financeira de uma empresa em mercado concorrencial” e acusa a Menzies de a usar para sustentar o seu plano de reestruturação.

A britânica Menzies Aviation é desde julho a maior acionista da SPdH, conhecida pela marca Groundfource, com 50,1% do capital. Os restantes 49,9% pertencem à TAP.

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