Governo troca liderança do Banco de Fomento. Gonçalo Regalado apontado a CEO

Ana Carvalho vai deixar a presidência executiva do Banco Português de Fomento no final do mandato, em novembro. Deve ser substituída por Gonçalo Regalado, atual diretor de marketing do Millennium BCP.

Depois da saída da chairwoman, Celeste Hagatong, em setembro, e do administrador com o pelouro comercial, Hugo Roxo, em abril, também a CEO Ana Carvalho vai deixar a liderança do Banco Português de Fomento. O Governo prepara-se para substituir a atual administração e Gonçalo Regalado, atual diretor de marketing para a área corporate e PME no Millennium BCP, é o favorito para ocupar o cargo de presidente executivo.

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Gonçalo RegaladoHugo Amaral/ECO

A mudança no banco promocional deve ocorrer no fim de novembro, altura em que os atuais órgãos sociais, eleitos para o triénio 2022/2024, terminam o mandato, de acordo com o Jornal Económico (acesso pago), que lembra que a substituição ainda vai demorar, pois os futuros administradores terão de se submeter ao habitual processo de fit and proper do Banco de Portugal antes de assumirem funções. Só depois da luz verde do regulador é possível assumirem funções, algo que pode durar três a quatro meses.

No final de setembro, o ECO questionou os Ministérios da Economia e das Finanças sobre se a opção seria propor nomes já, para acelerar o fit and proper e garantir que os novos administradores estariam prontos para assumir funções após a assembleia-geral anual na qual as contas têm de ser aprovadas. “Considerando os acontecimentos recentes, que precipitaram alterações ao nível do conselho de administração, o Executivo está naturalmente a trabalhar numa solução que permita dar continuidade ao regular funcionamento da gestão da instituição”, responderam na altura.

As queixas dos empresários e dos bancos comerciais relativamente ao modo de funcionamento da instituição liderada ainda por Ana Carvalho têm alimentado a discussão sobre o rumo que o banco deveria seguir para apoiar de modo mais eficiente a economia e até mesmo sobre a utilidade da sua existência. Nas últimas semanas surgiram rumores insistentes de que o Governo poderia estar a avaliar a extinção da instituição, com a integração de parte da operação na CGD e as garantias públicas a financiamento a transitarem para outra instituição pública, como o IAPMEI.

No entanto, em resposta conjunta ao ECO, no final de setembro, os Ministérios tutelados por Pedro Reis e Joaquim Miranda Sarmento asseguraram que a extinção do banco não está em cima da mesa, apesar das críticas dos empresários. E que o Executivo está a trabalhar numa solução para que a instituição possa funcionar de forma regular depois das baixas na equipa diretiva. “O Governo rejeita que esteja em discussão qualquer intenção de acabar com o Banco de Fomento”, responderam as tutelas.

O Banco de Fomento é uma peça importante na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), já que tem de garantir que são injetados na economia 268 milhões de euros da bazuca, até final de 2025.

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