TdC: Filipa Calvão conhece as exigências do PRR e do Portugal 2030, diz Marcelo

Há duas semanas, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeou Filipa Urbano Calvão como presidente do Tribunal de Contas (TdC), sucedendo a José Tavares. Será a primeira mulher a presidir a instituição.

Filipa Urbano Calvão é a nova presidente do Tribunal de Contas (TdC), tornando-se assim a primeira mulher a liderar a instituição. Marcelo Rebelo de Sousa assumiu que Filipa Urbano Calvão é a pessoa certa “por conhecer as particularidades da instituição. E conhece cabalmente a natureza constitucional do Tribunal de Contas. Conhece o acréscimo de exigências do PRR e do Portugal 2030 que são desafios para todos nós”, disse o Chefe de Estado na tomada de posse que decorreu este sábado, no Palácio de Belém. E sublinha que a “ampliação das competências do TdC”, decorre a “necessidade sempre de mais recursos e disponibilidades”.

Filipa Urbano Calvão, assegurou que vai exercer o mandato de quatro anos com “espírito de independência e de serviço”, apelando também ao trabalho conjunto com outros órgãos do Estado. “Espero corresponder à confiança, afiançando que exercerei as minhas funções com espírito de independência, de serviço e de genuína cooperação com todos os que compõem o TdC”, disse Filipa Urbano Calvão. No breve discurso proferido na cerimónia, a jurista lembrou o seu percurso e enalteceu o legado que encontra agora no TdC, assumindo uma “imensa honra” e a consciência da “relevância da missão” desta entidade.

“Estive com muito orgulho ao serviço do Estado português durante 11 anos na CNPD e entro hoje numa casa de tradição secular, de grande prestigio nacional e internacional, cuja missão constitucional é também a defesa independente dos interesses dos cidadãos e do Estado, agora na perspetiva do controlo financeiro e promoção de uma cultura de responsabilidade financeira”, frisou. Após deixar elogios ao antecessor José Tavares, ao destacar a sua “inexcedível dedicação” ao TdC e que a instituição “será sempre a sua casa”, bem como ao antigo presidente Alfredo José de Sousa, cujo mandato considerou “um exemplo”, a presidente do TdC considerou que a “boa execução da missão do TdC depende também do diálogo aberto com os demais órgãos do Estado” e com a sociedade, nomeadamente a academia.

“Comprometo-me a dar continuidade ao bom desempenho das funções do TdC e a procurar melhorar onde houver espaço para evolução, de modo a responder aos desafios que hoje se colocam à jurisdição financeira e à auditoria pública, em prol do país e dos nossos cidadãos”, concluiu.

Há duas semanas, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeou Filipa Urbano Calvão como presidente do Tribunal de Contas (TdC), sucedendo a José Tavares. “Sob proposta do Governo, o Presidente da República nomeou, nos termos constitucionais, a professora Doutora Filipa Urbano Calvão presidente do Tribunal de Contas”, pode ler-se na nota divulgada pela Presidência da República. José Tavares presidia ao Tribunal de Contas desde 7 de outubro de 2020 depois de Marcelo Rebelo de Sousa e o ex-primeiro-ministro António Costa terem decidido não reconduzir Vítor Caldeira.

Filipa Urbano Calvão, a nova presidente do Tribunal de Contas, foi empossada por Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém. HUGO AMARAL

 

Filipa Urbano Calvão foi presidente da Comissão Nacional de Proteção de Dados, entre 2012 e 2023, e é Of Counsel na sociedade de advogados Sérvulo desde 2023, no departamento de Direito Público. De acordo com a nota biográfica na página da sociedade, é doutorada e mestre em Direito, com especialização em Ciências Jurídico-Políticas, respetivamente em 2009 e 1997, ambos pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, Escola do Porto, em 1993, é também professora na mesma instituição e investigadora do Research Centre for the Future of Law. É autora de livros como “Direito da Proteção de Dados Pessoais”, “Os Actos Precários e os Actos Provisórios no Direito Administrativo”, “Introdução ao Direito Público” ou Leis Fundamentais do Direito Administrativo” e tem como principais áreas de investigação o Direito Administrativo e Direito Público.

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