Caixa chega a acordo com sindicatos para aumentos de 3,2% este ano e 2,5% no próximo
Banco público e sindicatos chegaram finalmente a um acordo para a atualização dos salários. Trabalhadores vão ter um aumento de 3,2% este ano e de 2,5% no próximo.
Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vão ter aumentos salariais de 3,2% (com mínimo de 65 euros) este ano e de 2,5% no próximo. O banco público chegou finalmente a um acordo com os sindicatos relativamente à atualização deste ano, sendo que é o primeiro banco a fechar aumentos para 2025.
A Caixa já tinha feito uma atualização unilateral de 3% em fevereiro, mas o acordo com os STEC, Mais Sindicato, Sindicato Bancários Centro e Sindicato dos Bancários do Norte traz uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais e do aumento mínimo. “O acerto face ao processado em fevereiro (3% e um mínimo de 52,63 euros) com retroativos a 1 de janeiro, irá ser efetuado com referência a esta data juntamente com o salário do mês de outubro”, explica o banco liderado por Paulo Macedo em comunicado.
Além da atualização da tabela salarial (que fica acima dos 3% dos outros bancos), as duas partes chegaram a um acordo para um aumento de 4% do subsídio de refeição para 13 euros e do subsídio de apoio ao nascimento para um valor de 1.000 euros (aumento de 11%), que o banco diz ser o mais elevado do setor. Em relação às restantes cláusulas de expressão pecuniária haverá um aumento de 3,79%, com exceção das diuturnidades, ajudas de custo e abono para falhas. E é revisto para 40% o valor máximo do crédito à habitação, passando para os 350 mil euros.
Para 2025, os trabalhadores vão ter uma atualização da tabela salarial e da generalidade das cláusulas de expressão pecuniária de 2,5%, acima da inflação esperada de 2,3%. A Caixa diz que é a primeira instituição de crédito a fechar aumentos para o próximo ano.
“Fim de luta difícil”, assinalam sindicatos
Do lado dos sindicatos, assinala-se o fim de um processo negocial intenso com a Caixa. “Este resultado só foi possível pela firmeza e determinação que o STEC manteve ao longo deste processo negocial e que se traduziu em diversas ações de contestação, reivindicação e denúncia pública, com destaque para a Greve de 1 de março de 2024, provando-se mais uma vez que vale a pena lutar”, refere o sindicato mais representativo da CGD em comunicado — o sindicato contabilizou 11 reuniões negociais, nove com a CGD e duas no âmbito do processo de conciliação no Ministério do Trabalho.
“Este é o final de uma difícil luta sindical”, referiram por sua vez os sindicatos afetos à UGT, lembrando que ficou estabelecido o compromisso de o acordo ser revisto caso “a taxa de inflação seja materialmente superior à apurada pelo INE para o ano de 2024, ou se ocorrerem alterações substanciais das circunstâncias económicas e sociais subjacentes à outorga da atual revisão”.
(Notícia atualizada às 12h20 com reação dos sindicatos)
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