Tancos: Passos ao ataque. Esquerda pede explicações
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, está debaixo de fogo. E nem a demissão de cinco comandantes do Exército apaziguou os ânimos.
A pressão política sobre o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes continua. O furto de material de guerra em Tancos leva a direita a atacar o ministro, já PS e os restantes partidos da esquerda querem ouvir esclarecimentos no Parlamento.
Passos Coelho é o mais acutilante e já no dia de sábado afirmou estranhar que o ministro Azeredo Lopes tenha assumido responsabilidades políticas no caso, sem contudo colocar o lugar à disposição. Passos afirmou mesmo que: “temos um ministro da Defesa sem que ninguém saiba associar isso a qualquer ação. Era importante que o país soubesse o que é que isto quer dizer”.
O líder do PSD , de resto tinha, demonstrado a sua surpresa por não ter ainda havido demissões na hierarquia militar, o que acabou por acontecer no final do dia se sábado quando o Chefe de Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte anunciou a exoneração de cinco comandos das unidades de ramo.
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas também já veio exigir respostas ao Governo. Cristas afirmou mesmo que caso deixa Portugal numa situação incómoda.
Esquerda viabiliza ida do ministro ao Parlamento
A Esquerda por seu turno também está preocupada com o roubo de material militar de Tancos e já afirmou que vai viabilizar a ida do ministro da Defesa ao Parlamento. Idêntico comportamento tem o PS.
O líder do PCP considera que a avaria do sistema de videovigilância é reveladora do estado de degradação das Forças Armadas. Jerónimo de Sousa diz no entanto que as culpas são repartidas pelos sucessivos governos.
Já o Bloco de Esquerda interroga levanta a questão: “Como foi possível o roubo de uma grande quantidade de armamento militar das instalações de Tancos e o que terá falhado?”.
A pressão política faz-se sentir numa altura em que se fica a saber que Tancos esteve 20 horas sem rondas de vigilância na noite do assalto, como escreve na edição deste domingo o Público. Dos 20 paióis apenas três foram assaltados, precisamente os que tinham o material mais relevante.
(Notícia atualizada às 18h30 com a citação completa de Pedro Passos Coelho)
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