FC Porto paga 5,25% em empréstimo obrigacionista de 30 milhões

Operação de financiamento arranca esta segunda-feira. Portistas avançam com empréstimo obrigacionista num momento em que estão a reestruturar dívida.

O FC Porto acabou de lançar um novo empréstimo obrigacionista para se financiar num montante até 30 milhões de euros, acenando com uma taxa de juro bruta de 5,25% por títulos com o prazo de três anos (2024-2027).

A operação de financiamento arranca esta segunda-feira e termina no dia 29, período durante o qual os interessados poderão submeter, alterar ou revogar ordens de subscrição, de acordo com o prospeto divulgado no fim de semana. A SAD do FC Porto admite aumentar o valor do empréstimo obrigacionista até dia 27 de novembro.

A braços com uma crise financeira, a SAD portista indica que “a oferta visa a obtenção de fundos através do recurso ao mercado de capitais, prosseguindo uma estratégia de diversificação e otimização das fontes de financiamento da FC Porto SAD, sendo estes fundos utilizados para o financiamento da atividade corrente da FC Porto SAD e reforço de liquidez”.

Para a SAD dos dragões, a operação terá um custo de cerca de um milhão de euros, pelo que obterá cerca de 28,85 milhões de euros com esta oferta, depois de encargos relacionados com comissões pagas aos bancos e bolsa.

Para quem estiver interessado, importa fazer bem as contas. Isto porque, “considerando a generalidade dos preçários dos intermediários financeiros, o investimento terá rendibilidade positiva para investidores que subscrevam apenas 500 Obrigações FC Porto SAD 2024-2027 e pretendam mantê-las até à Data de Reembolso”, aponta o documento.

Ou seja, cada obrigação tem o valor unitário de cinco euros, pelo que terá de aplicar pelo menos 2.500 euros para ter um retorno positivo, mas convém fazer as contas junto do seu banco ou corretora.

Por outro lado, é preciso ter ciente que este tipo de investimentos não tem capital garantido e que a decisão comporta vários riscos para o investidor. Nesse sentido aconselha-se a consulta do intermediário financeiro antes de investir. No prospeto, a SAD do FC Porto dá conta dos vários riscos em cima da mesa – confira o capítulo 2 relacionado com os “fatores de risco” para se informar.

Por exemplo, a SAD liderada por André Villas-Boas encontra-se numa situação de falência técnica e a negociar uma reestruturação da dívida de 520 milhões de euros no sentido de alongar as maturidades e baixar o custo.

Na semana passada, os dragões anunciaram que obtiveram um financiamento de 115 milhões de euros através de uma oferta privada de obrigações colocada pelo JPMorgan Chase nos EUA.

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