Caixabank afasta aquisições de outros bancos em Portugal
Questionado sobre um eventual interesse no BCP ou Novobanco, Gonzalo Gortázar adiantou que a estratégia do BPI passará pelo crescimento "puramente orgânico".
O BPI “está a fazer as coisas bem” e irá continuar a crescer e “de forma puramente orgânica” nos próximos anos, adiantou esta terça-feira o líder do Caixabank, Gonzalo Gortázar, afastando o interesse na aquisição de outros bancos em Portugal.
O grupo espanhol tem sido apontado como o principal candidato a mexer na consolidação do setor bancário em Portugal, seja com o BCP ou com o Novobanco, que se prepara para ser vendido pelo fundo americano Lone Star.
Mas esse não é o plano que os espanhóis têm para o BPI, que controlam a 100%. “Porque o BPI está a fazer as coisas bem, com o apoio de uma grande instituição como o Caixabank, (…) não contemplamos nenhuma operação de crescimento que não seja puramente orgânico em Portugal”, afirmou Gonzalo Gortázar em conferência de imprensa para a apresentação do plano estratégico 2025-2027. “Queremos continuar a crescer no BPI de forma orgânica”, frisou.
O plano estratégico para os próximos três anos prevê que o BPI reforce a quota de mercado em Portugal, apontando para taxas de crescimento anuais acima de 4% até 2027, quando se espera que a redução das taxas de juro venha a afetar os lucros do setor.
Gortázar notou que o BPI dispõe de um rácio de capital “notável”, o que dá ao banco português uma boa margem para distribuir dividendos. “Mas será sempre respeitando o rácio de solvência, que é mais elevado em Portugal do que em Espanha, e assegurando sempre que o BPI tem capital para continuar a crescer”, apontou o líder do grupo espanhol.
Na sua estratégia, o Caixabank prevê distribuir entre 50% e 60% dos seus resultados entre 2025 e 2027 e o rácio de payout do BPI “não será diferente”, assegurou o gestor espanhol.
Sobre o Banco Fomento Angola, revelou confiança no processo de venda através da bolsa. “Estamos contentes por acompanhar o Estado angolano na venda do BFA, trabalharemos com o Estado e com o BFA para tornar isso possível”, disse.
*O jornalista viajou a Madrid a convite do Caixabank.
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