Pete Benedetto, head of EMEA do Endeavor Catalyst, esteve em Portugal e falou com o ECO sobre como olha para o futuro do ecossistema. Fundo tem 500 milhões de euros sob gestão.
Tem mais de 500 milhões de euros sob gestão, para coinvestir em startups ou scaleups da Endeavor, rede que, em Portugal tem entre os seus fundadores empreendedores Nuno Sebastião (Feedzai). Em mais de 10 anos de atividade, o fundo Endeavor Catalyst já coinvestiu em mais de 300 empresas, contando com 51 unicórnios como a Glovo, a Cabify ou a Factorial, entre as empresas investidas. Destas, já teve 26 exits.
Pete Benedetto, head of EMEA do Endeavor Catalyst, esteve em Portugal e falou com o ECO sobre como olha para o futuro do ecossistema, num momento em que se aguarda a dinâmica que a nova Administração de Donald Trump vai imprimir na economia mundial e que efeito poderá ter nas decisões de investimento dos fundos, os principais financiadores das startups e scaleups à procura de novos voos. Benedetto não arrisca uma estimativa: é esperar para ver.
Na Europa não falta talento — o gestor lembra que há mais talento a trabalhar em Inteligência Artificial (IA) na Europa que nos Estados Unidos —, mas a falta de fundos mais robustos, para ir às grandes rondas, é um tema. “O melhor talento está certamente aqui. Obviamente, há necessidade maior de capital, seria ótimo ver mais fundos maiores na Europa.”
Fundado em 2012, o Endeavor Catalyst tem um ticket médio de investimento de 1,3 milhões e um máximo de 2 milhões nos seus coinvestimentos.
O Endeavor Catalyst já coinvestiu em mais de 300 empresas, algumas delas unicórnios como a Glovo ou a Cabify, em 37 mercados. Ainda não há investimento em startups portuguesas. Isso vai mudar?
A resposta curta é sim. Isso vai mudar e estamos animados para que aconteça. Falando um pouco mais sobre a forma como o fundo funciona, a nossa atividade de investimento cresce lentamente, com o tempo, porque a regra é investirmos exclusivamente na rede Endeavor. Investimos apenas nas empresas selecionadas para a rede Endeavor de um dos nossos 43 escritórios em todo o mundo. Cada um seleciona, em média, duas a três novas empresa por ano, temos um processo de seleção bastante longo e rigoroso. A nossa atividade de investimento é apenas o reflexo de onde estamos em termos de construção da nossa rede local. Em Portugal, estamos a comemorar o nosso primeiro aniversário. À medida que selecionarmos mais empresas para a rede Endeavor, investiremos nessas empresas.
A Coverflex e a Bizay/360.imprimir são, até agora, as únicas startups portuguesas membros da rede, portanto, apenas duas nesta fase são elegíveis para investimento.
O nosso processo de seleção [de empresas para a rede Endeavor] geralmente demora entre 6 a 12 meses. É um pouco como um processo de recrutamento onde mostramos aos fundadores o valor de fazer parte desta rede. Isso leva tempo. Assim, à medida que a rede de empresas cresce, teremos mais oportunidades de investir nesses negócios.
Como fundo, no nosso pico, em 2022, fizemos 65 investimentos num ano. Este ano, provavelmente, atingiremos 40. É uma queda bem significativa, mas isso reflete o mercado global. Há menos atividade de risco e algumas empresas têm lutado para levantar capital e crescer.
Como o vosso modelo é de coinvestimento, quando o mercado global cai, a vossa taxa de investimento também, é isso?
Exatamente. Não lideramos as rondas de investimento. Então, em certa medida, não controlamos o nosso ritmo de investimento.
Os EUA desempenham um papel importante no ecossistema mundial. Durante a campanha, Donald Trump referiu que iria adotar uma política de protecionismo. Há receios de que possa levar a uma queda no investimento a nível global. Partilha dessa visão?
Diria que está por determinar. Há dados para argumentar para ambos os lados. O seu vice-presidente, JD Vance, é um antigo investidor de capital de risco, muitos de seus apoiantes são investidores de capital de risco proeminentes de Silicon Valley. Que influência terão nesta nova Administração, veremos. Já vimos o preço da criptomoeda…
Disparou.
Disparou porque [durante a campanha] Trump falou sobre ter uma reserva estratégica de Bitcoin. Espera-se mais investimentos nessa área e, obviamente, o mercado está a refletir isso. Por outro lado, há dúvidas sobre quanto o mercado de fusões e aquisições pode florescer. Vimos Lina Kahn [a atual Comissária da Comissão Federal de Comércio dos EUA] tentar impedir que empresas, especialmente as ‘Big Seven’, adquirissem negócios, com pessoas a considerar que isso impactou negativamente as oportunidades de exit para startups. Se ela sair, ou Trump a substituir, quanto esse ambiente mudará ainda está por determinar. Globalmente, o mercado de capital de risco recuperou um pouco ao longo do ano, embora durante o último trimestre tivesse havido uma ligeira desaceleração. Dentro do nosso portefólio, nos últimos 6 a 10 meses ou mais, vimos um aumento.
Tem falado com os membros da vossa rede, com outros fundos de capital de risco? Como olham para tudo isto?
As pessoas já aceitaram que esse ritmo [de investimento] será talvez o ritmo num futuro previsível. Houve um pico e voltamos aos níveis de 2019 em termos de atividade de negócios.
O extraordinário foi a era pós-Covid.
As pessoas não esperam voltar àqueles dias tão cedo. E acho que isso deixou as pessoas mais confortáveis em fazer grandes investimentos. Só para citar um exemplo, a General Atlantic acaba de investir 500 milhões de dólares numa das nossas participadas, a empresa de software turca Insider. Compraram alguns dos acionistas existentes, a nossa posição na empresa. A General Atlantic, e fundos como esse, continuam ativos neste novo ambiente e estão dispostos a assinar grandes cheques. As empresas também se acostumaram, essencialmente, a como estão a ser avaliadas. Mesmo que tenham crescido significativamente, podem ainda ter a mesma avaliação de há dois anos. Então, quais são as opções? Alguns escolheram continuar a crescer e esperar o que o futuro reserva. Outros pensam ‘estamos confortáveis com esse preço e vamos aproveitar a oportunidade…’
…Para a venda. Tem tido muitos exits no vosso portefólio?
Sim. Tivemos a Insider na Turquia, outra no Brasil, a Contabilizei, uma empresa de software de contabilidade [em outubro anunciou um investimento de 125 milhões de dólares pela Warburg Pincus]. Em termos gerais, no último ano e meio, dois anos, tem sido lento — houve bastante exits de 2021 para 2022 —, desde o arranque tivemos 26 exists até agora. Em quase todas as empresas, e tem sido assim há algum tempo, os empreendedores e seus conselhos de administração têm optado por não abrir o capital das empresas, mantendo-as privadas por mais tempo.
Questões em torno das tarifas e taxas de juros, o quanto Trump vai tentar controlar a Fed podem ter consequências macroeconómicas muito grandes. (…) Podemos voltar a esse ambiente em que os investidores recuam no seu investimento em startups tecnológicas. É uma possibilidade real tendo em conta algumas das coisas que ele disse. Ao mesmo tempo, muitos dos investidores de capital de risco que o apoiaram sentem-se otimistas, e com o mercado de ações a subir desta maneira, um caminho para a venda torna-se mais atrativo.
Talvez por causa das avaliações.
Por causa das avaliações, mas, ao mesmo tempo, das 30 maiores empresas tecnológicas que fizeram IPO no ano passado, na maioria ou em dois terços delas, as avaliações subiram desde que se tornaram públicas. Diria que é um sinal positivo para o mercado.
Muitas empresas também mudaram a forma como operam: cortaram custos, tornaram-se mais eficientes, focam-se nos lucros. Tornar a empresa pública é menos crítico. Num certo sentido, deram a si mesmas mais tempo e controle sobre o seu destino.
O ritmo dos exits vai mudar com a nova Administração Trump ou, também aqui, como diz, está por determinar?
Vimos o mercado de ações subir depois da eleição. Questões em torno das tarifas e taxas de juros, o quanto Trump vai tentar controlar a Fed podem ter consequências macroeconómicas muito grandes. Dependendo dos estudos, alguns deles previram que suas políticas podem aumentar fortemente as taxas de juros face aos atuais valores. Portanto, obviamente, podemos voltar a esse ambiente em que os investidores recuam no seu investimento em startups tecnológicas. É uma possibilidade real tendo em conta algumas das coisas que ele disse. Ao mesmo tempo, muitos dos investidores de capital de risco que o apoiaram sentem-se otimistas, e com o mercado de ações a subir desta maneira, um caminho para a venda torna-se mais atrativo.
A cripto está agora em alta, mas teve uma grande queda de investimento depois de terem sido canalizados enormes volumes de investimento. Nos últimos anos, a aposta tem sido em IA. Serão estas duas áreas o principal foco dos investidores ou há algo a surgir…
Já fizemos 330 investimentos nos últimos 12 anos, apenas um punhado deles foi em criptomoedas ou negócios relacionados. Geralmente, seguimos o crescimento de participação de empresas de capital de risco, em que a ronda típica é uma série A ou B, num momento em que as empresas estão a escalar e a internacionalizar. São empreendedores que, acreditamos, criam um negócio com potencial real para escalar. Procuramos inovação, criação de empregos de alta qualidade.
Não parece ser um grande fã de cripto.
Obviamente, há uma visão diferente sobre a cripto e a blockchain. Existem empresas a desenvolver produtos, soluções e serviços em blockchain, seja digitalização de registos de saúde, comunicações seja trocas de banco para banco. Como organização, vemos muito potencial nesses campos e soluções realmente inovadoras para mudar indústrias antigas e arcaicas. Vimos algumas empresas em África, a trabalhar em fintech a adaptar o blockchain para esse tipo de solução inovadoras. É aí que vemos maior potencial até agora. Mas, certamente, não estamos fechados à ideia de que a cripto, que as pessoas a trabalhar em cripto, podem realmente impactar os negócios. Até agora, não selecionamos muitos deles.
Quando à IA, vemos empresas em todo o mundo a se adaptar. No processo de seleção para integrar a rede Endeavour isso é muitas vezes, e em quase todos os setores, uma questão-chave. Mas não é tanto perguntar se esta é uma empresa IA, mas como está a alavancar a IA para inovar num mercado, para obter uma vantagem sobre seus concorrentes, para encontrar eficiências.
Mas o que sente serão os principais interesses dos investidores no futuro? Hoje uma startup não ter qualquer tipo de vertente IA é quase motivo de exclusão no investimento. Será a IA a liderar o caminho em termos de investimento dos fundos? A criptografia está de regresso?
Temos menos exposição e menos experiência a investir em negócios relacionados com criptomoedas. Também dada a forma como muitos deles se financiam: não levantam capital em rondas de private equity de investidores apoiados por instituições. É um mecanismo de financiamento diferente.
Quando à IA, vemos empresas em todo o mundo a se adaptar. No processo de seleção para integrar a rede Endeavour isso é muitas vezes, e em quase todos os setores, uma questão-chave. Mas não é tanto perguntar se esta é uma empresa IA, mas como está a alavancar a IA para inovar num mercado, para obter uma vantagem sobre seus concorrentes, para encontrar eficiências. Depois há empresas realmente na vanguarda da IA. Uma delas, foi o nosso maior exit no ano passado, é a InstaDeep, de um fundador tunisiano [Karim Beguir]. Usaram a IA para identificar as próximas variantes da Covid durante a pandemia, estavam a trabalhar com a BioNTech nessa identificação para desenvolver novas vacinas. Mas tem várias aplicações. Estão a usar agora para otimizar os sistemas ferroviários na Alemanha, em outros projetos de saúde pública, como prever padrões de migração de gafanhotos para fazer mitigação nas regiões certas. Foi um grande exit para nós no verão do ano passado: foram comprados pela BioNTech por quase 600 milhões de dólares.
Há [na Europa] incrível talento. Na verdade, indicam as estatísticas, há mais empregos de IA na Europa do que nos EUA, é 51% – 49%, mas há mais.
Trabalhou nos EUA vários anos. O que a Europa precisa aprender com os EUA para conseguir capital para participar em rondas de investimento maiores, para que tenha capacidade de criar e manter os unicórnios no continente? Mario Draghi alerta que a Europa perdeu 30% dos seus unicórnios para os EUA.
Há coisas inerentes aos Estados Unidos que seria interessante replicar, mas é mais fácil dizer do que fazer. Uma delas é o facto de os EUA ser, essencialmente, um mercado único onde os maiores clientes do mundo estão sediados. As ‘sete magníficas’ estão todas na Califórnia e Washington. Houve esforços na Europa para criar um mercado único, onde é mais fácil fazer coisas. Tenho certeza de que é incrivelmente difícil, porque cada país tem suas próprias regras e regulamentos, mas qualquer coisa que possa suavizar um pouco disso, tornando-o num mercado único para empresas sediadas na Europa venderem, traria grandes vantagens. Há aqui incrível talento. Na verdade, indicam as estatísticas, há mais empregos de IA na Europa do que nos EUA, é 51% – 49%, mas há mais.
O que não deixa de ser curioso, já que as maiores empresas de IA estão nos EUA.
É um fato surpreendente para muitas pessoas. As Microsofts e a Googles do mundo estão empregando tantas pessoas na França, na Polónia, na Ucrânia… Elas estão a trabalhar para essas empresas americanas.
A Europa está a tornar-se, então, uma fornecedora de serviços para os EUA.
Certo. E já há algum tempo. Quanto mais vemos empreendedores, empresas como a ElevenLabs da Polónia ou a Hugging Face na França, campeões europeus a vender para mercados globais como os EUA, e quanto mais talentos se juntam a essas empresas, assumem esse risco, enquanto organização isso deixa-nos animados. Temos feito vários estudos e grande parte da construção do ecossistema é atribuída aos colaboradores de empresas em expansão, que internacionalizam, têm um bom exit e, depois, as pessoas que fizeram parte dessa jornada pegam essas aprendizagens, conhecimentos e ligações, para fundar outras empresas.
O melhor talento está certamente aqui. Obviamente, há necessidade maior de capital, seria ótimo ver mais fundos maiores na Europa.
Mario Draghi alertou para a necessidade de mais investimento privado na Europa, de fundos maiores para ir às grandes rondas, caso contrário, as empresas continuarão a mudar-se para os EUA. Fala-se muito sobre os fundos de pensão, de que não há incentivos para investimento. É realmente o caso ou é apenas uma boa desculpa?
Com esta geração de empresas de IA, especialmente, será muito curioso ver o quanto isso vai mudar as coisas. Obviamente, há muita atenção sendo dada aos OpenAIs, que se tornaram gigantescos. Ao mesmo tempo, empresas como a Mistral, a ElevenLabs ou a Hugging Face, e algumas sediadas no Reino Unido, são muito jovens e estão crescendo muito rapidamente. Há muito potencial aí. O futuro ainda está sendo escrito.
Somos grandes fãs de tudo o que os governos possam fazer para incentivar o investimento em inovação e empreendedorismo. Não nos focamos em políticas ou no setor público, mas às vezes somos solicitados a aconselhar ou apoiar diferentes medidas, o que fazemos com prazer. Os nossos esforços estão concentrados em apoiar os empreendedores que estão a dar o salto e que são realmente ambiciosos na sua forma de pensar.
Voltando a essas histórias de sucesso, à criação de modelos, tome a Polónia como exemplo. Comparando mercados, o nível de inovação, a ambição, a história da Polónia é incrível, a maneira como estão a caminho de se tornar um dos cinco principais mercados na Europa. Se pensar na África e em alguns mercados, a sua trajetória de crescimento é simplesmente incrível. Muito disso se deve ao talento e à ética de trabalho das pessoas. Se andar pelas ruas e conversar com empreendedores, o nível de ambição e dedicação provavelmente eclipsa muitas zonas dos Estados Unidos, incluindo Silicon Valley.
É responsável pelos mercados EMEA. A Polónia é a maior “estrela”?
Abrimos o nosso escritório na Polónia há cerca de três anos. É bem novo, mas acho que há lá muito potencial, muitos grandes empreendedores fazem parte do conselho da Endeavour Polónia. O nosso mercado de maior sucesso na Europa até agora é, na verdade, a Espanha — todos os seis primeiros unicórnios na Espanha são empreendedores da Endeavour, empresas como a Jobandtalent, a Cabify, a Glovo, a Wallbox ou a Factorial. É outro mercado onde estamos vendo um crescimento e oportunidades incríveis.
Vê também esse potencial no ecossistema português? Existem mais de 4.000 startups em Portugal, mas 89% são microempresas. Com esta base, como pode o ecossistema escalar?
Um grande ponto para nós é encorajar mais empresas a pensar e agir globalmente, para construir soluções não apenas para problemas locais, mas para problemas globais. Portugal tem cerca de 10 milhões de pessoas, a Estónia tem talvez dois ou três milhões e tem o maior número de unicórnios per capita. Israel também, um país muito pequeno, 4 milhões de pessoas, tem um número incrível de startups e é muito bem-sucedido.
Portugal ainda não viu algo assim. Aquelas primeiras empresas a realmente escalar, e o efeito transbordamento em todo o ecossistema que realmente gerou uma nova geração. Diria que [Portugal] está numa fase inicial, quando comparado com os nossos outros 40 países em que estamos operando. Portugal está ainda no começo.
Está a dizer que não é realmente a dimensão que importa.
Nenhum desses países tinha algum tipo de monopólio sobre talentos incríveis ou acesso a alguma inovação que outros não tinham. Não acho que seja algo que outras empresas, países como Portugal, não tenham. O que esses países têm é que, desde o primeiro dia, pensam e constroem a pensar globalmente. Esse é o seu grande foco e esses primeiros fundadores tiveram um efeito multiplicador, os Skypes e Bolts vindos da Estónia. Havia essa geração de novos fundadores, os colaboradores tornaram-se fundadores e investiram num ambiente rico com uma rede de business angels muito ativa, onde investem nas startups uns dos outros. É isso que achamos que traz muita promessa [ao ecossistema].
Portugal ainda não viu algo assim. Aquelas primeiras empresas a realmente escalar, e o efeito transbordamento em todo o ecossistema que realmente gerou uma nova geração. Diria que [Portugal] está numa fase inicial, quando comparado com os nossos outros 40 países em que estamos operando. Portugal está ainda no começo.
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