Venda do Novobanco? “Governo não se imiscuirá” na decisão se comprador for português, diz Miranda Sarmento
Ministro das Finanças considera que fim antecipado do CCA do Novobanco é um "bom acordo" pois extingue responsabilidade de 500 milhões para o Estado e abre a porta a dividendo de 300 milhões.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considera que o fim antecipado do mecanismo de capital contingente no Novobanco é “um bom acordo” e adiantou que o “Governo não se imiscuirá na decisão” de venda do banco se o comprador for português.
“Foi um bom acordo e estamos muito satisfeitos”, declarou o ministro das Finanças em Bruxelas, elencando três razões para ter dado luz verde ao término antecipado do chamado CCA, tal como o ECO avançou na sexta-feira.
Por um lado, vai permitir “normalizar a situação do banco, que a partir desta semana opera em condições perfeitamente normais como a sua concorrência e isso é de salutar para o banco e para o sistema financeiro nacional”, apontou.
Para o Estado, por outro lado, o fim do CCA significa “deixar de ter uma responsabilidade contingente relacionada com a garantia de cerca de 500 milhões de euros” e “um encaixe financeiro de cerca de 400 milhões de euros” em dividendos.
O fim antecipado do mecanismo vai permitir ao fundo americano Lone Star (com 75% do capital do banco) lançar o processo de venda do Novobanco, algo que conta fazer em maio do próximo ano.
Para Miranda Sarmento, “compete ao acionista maioritário decidir qual é a estratégia que tem para o banco, ou de manutenção desse controlo acionista ou de eventual alienação”.
E se for para alienar a um banco português? “O Governo não se imiscui nessa decisão com exceção na medida em que detém 25%, mas participa como qualquer acionista que tem 25%”, explicou aos jornalistas.
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