Crédito ao consumo bate recorde de sete mil milhões até outubro
Empréstimos para a compra de carro aceleram este ano e puxam pelo crédito aos consumidores para níveis recorde: famílias pediram mais de sete mil milhões de euros nos primeiros dez meses do ano.
Bancos e financeiras concederam mais de sete mil milhões de euros em empréstimos aos consumidores nos primeiros dez meses do ano, o valor mais elevado desde, pelo menos, 2013, quando começa a estatística do Banco de Portugal.
Os dados até outubro mostram um aumento de 10% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo revela o regulador bancário esta segunda-feira, confirmando-se a tendência que se vem verificando desde a pandemia e que nem as taxas de juro elevadas nos últimos dois anos está a travar.
Todos os segmentos do crédito ao consumidores registam aumentos desde o início do ano, com particular destaque para o financiamento para a compra de carro (novo e usado): acelera 13,8% para 2,72 mil milhões de euros entre janeiro e outubro.
O crédito pessoal continua a ser a principal componente do empréstimo ao consumo: as novas operações aumentaram 6,7% no mesmo período, superando os 3,1 mil milhões de euros. Neste segmento, o novo crédito com a finalidade educação, saúde, energias renováveis e outros cresceu 1,5% para 120 milhões, e os outros créditos pessoais (lar, consolidado, sem finalidade específica) registaram um aumento de 6,9% para 2,99 mil milhões.
Em relação aos empréstimos concedidos por cartão de crédito registou-se um aumento de 8,3% para 1,17 milhões de euros em termos de novas operações.
Crédito ao consumo continua em alta
Fonte: Banco de Portugal
Em outubro, o montante de novas operações de crédito ao consumo ascendeu a quase 760 milhões de euros, mais 9% em relação a outubro de 2023, impulsionado pelo crédito automóvel, que aumentou 24% para 300,4 milhões de euros. O crédito pessoal subiu 11% para 334,1 milhões e o crédito com cartão de crédito subiu 9% para 125,5 milhões.
O Banco de Portugal explica que os valores apresentados se baseiam nos dados reportados para efeitos de supervisão comportamental por todas as instituições financeiras que concedem crédito aos consumidores.
Estes valores respeitam apenas a novas operações de crédito, não incluem valores relativos a renegociações de contratos de crédito.
(Notícia atualizada às 11h52)
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