Pedro Nuno Santos: Austeridade “presente ou passada” não é a causa da tragédia

  • ECO
  • 12 Julho 2017

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz ter informações que negam a ligação entre a austeridade e a tragédia de Pedrógão e o roubo em Tancos. Mas critica a direita pelo "oportunismo".

Não temos informação, antes pelo contrário — temos informações que nos dizem o contrário –, de que estes sejam acontecimentos motivados pela austeridade presente ou passada“. A garantia é dada pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares esta quarta-feira à TSF, em antecipação do debate do Estado da Nação que ocorre à tarde. Pedro Nuno Santos iliba assim o anterior e o atual Governo quanto à restrição orçamental como causa da tragédia de Pedrógão Grande e o roubo de Tancos.

No entanto, o braço direito do primeiro-ministro acusa a oposição de “precipitação e oportunismo” ao ligar estes casos com o valor recorde de cativações aplicadas pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, no ano passado. Pedro Nuno Santos garantiu que a prioridade do Partido Socialista é aumentar o investimento nos serviços públicos, mas não deixou de criticar os “oportunistas que aproveitaram estes dois casos para fazer essa ligação”.

“O Governo não perdeu o estado de graça”, garante Pedro Nuno Santos, admitindo que o Governo não começou as suas funções nesse estado. “Isso foi conquistado com os resultados conseguidos ao longo de um ano e meio”, argumenta, referindo que “a governação não pode ser reduzida a acontecimentos obviamente trágicos” e que o Executivo não perdeu a confiança dos portugueses por causa destes acontecimentos.

Quanto aos dois casos, o secretário de Estado diz que é preciso “apurar a verdade”, “um processo que está em curso” através dos inquéritos que decorrem atualmente. Já quanto a demissões, Pedro Nuno Santos repete a mensagem do Executivo: “Não há nenhuma intenção de serem demitidos”, disse, referindo-se ao ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. “O Governo esteve claramente à altura nestes acontecimentos”, conclui, admitindo que “nenhuma ação política está ausente de falhas”.

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