Mais generosos, portugueses gastam 392 euros em presentes

Estudo do IPAM mostram que os portugueses vão gastar em média 392 euros, mas continuam a deixar as compras de Natal para dezembro devido à dificuldade em organizar o orçamento com antecedência.

Neste Natal, os portugueses vão abrir os cordões à bolsa na hora de comprar os presentes de Natal. Em média, cada pessoa vai gastar 392 euros, mais 36 euros que o ano passado, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM). Os centros comerciais continuam a ser o local preferido, mas os portugueses continuam a deixar as compras de Natal para dezembro.

Quase sete em cada dez portugueses (68,2%) fazem as compras de Natal em dezembro, de acordo com um estudo realizado pelo IPAM. Esperança em promoções de última hora, dificuldade em organizar o orçamento com antecedência e evitar a concentração de pessoas nas lojas são os motivos apontados para deixar tudo para mais tarde.

A concentração de compras em dezembro reflete tanto as limitações financeiras de muitas famílias como a busca pela conveniência.

Mafalda Ferreira

Coordenadora do estudo do IPAM

A concentração de compras em dezembro reflete tanto as limitações financeiras de muitas famílias como a busca pela conveniência“, afirma a coordenadora do estudo e diretora da licenciatura em Gestão de Marketing no IPAM-Porto. “A crescente adesão às compras online e a preferência por soluções práticas são uma prova de como os consumidores estão a adaptar-se a novas realidades, mantendo o foco no que consideram essencial”, afirma Mafalda Ferreira.

Estudo IPAM IPAM

Para as crianças até aos 12 anos as prendas mais compradas serão brinquedos (32,5%) e roupa e calçado (22,2%), seguidos de livros (12%). Para os adolescentes (entre os 12 e os 18 anos) as escolhas recaem na roupa/sapatos (35%), jogos eletrónicos (18%), seguidos de livros (7,2%). Já para os os adultos a opção mais escolhida para os presentes de natal é roupa/sapatos (24%), seguida de acessórios (20%) e livros (19%).

O estudo realizado entre 23 de novembro e 10 de dezembro de 2024, mostra ainda que os que compram com antecedência (29%) justificam a decisão com a possibilidade de obter preços mais baixos, garantir a entrega atempada das encomendas online e evitar multidões. Uma percentagem muito reduzida, 2,8% admitem que esperam pelo período de saldos após o Natal para fazerem as compras.

Estudo IPAMIPAM

Os centros comerciais continuam a ser o local mais escolhido (21%), mas as compras online já representam 27% das intenções, consolidando-se como uma alternativa prática. O estudo, que contou com 560 inquiridos, menciona ainda que o comércio de rua e as feiras de Natal têm menor adesão (11%), mas continuam a atrair quem procura presentes mais personalizados e locais.

Uma parte significativa da nossa amostra (57%) irá comprar alimentos específicos para esta quadra, sendo o gasto médio de 120 euros. Destaca-se o bacalhau que será comprado 68% dos inquiridos que realizam compras de alimentos nesta quadra, seguido do bolo-rei (63%) e outros doces típicos desta época. Por outro lado, 6% dos inquiridos afirmam que irão comprar refeições prontas para os dias festivos.

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