Au revoir Colette: boutique de referência fecha 20 anos depois

A boutique parisiense anunciou hoje o fecho nas redes sociais. Após duas décadas de sucesso, a fundadora Colette Roussaux quer retirar-se.

Colette Roussaux e a filha, Sarah Andelman, criaram a Colette e tornaram-na uma boutique de referência que acolheu várias marcas e personalidades nos seus vinte anos de existência, avança esta quarta-feira o Business of Fashion. Essa era chega ao fim em dezembro, pois a fundadora que deu nome à boutique quer retirar-se. Yves Saint Laurent é o provável substituto do espaço na rua de Saint-Honoré, em Paris.

O anúncio foi feito através da conta de Instagram e Facebook. Dia 20 de dezembro, pouco antes da época natalícia, a boutique Colette vai encerrar. O motivo? “Colette Roussaux chegou ao momento em que gostaria de ter o seu tempo. E a Colette não pode existir sem a Colette”. Até lá, o funcionamento deverá manter-se sem alterações.

Na publicação oficial, as fundadoras mostram-se satisfeitas com o “sério interesse” do parceiro Saint Laurent na aquisição do espaço, em Paris, que foi a casa da boutique Colette nos últimos 20 anos. Declaram-se “em negociações”.

Um acordo com este comprador poderá beneficiar os 110 funcionários que trabalham atualmente na boutique. No ano passado, a Colette conseguiu lucrar 28 milhões de euros. Contudo, o comércio online teve um peso relevante na conta final: 25% dos lucros foram obtidos através das vendas na internet.

Em março deste ano, em entrevista ao The New York Times, Sarah Andelman negava “enfaticamente” que a Colette fecharia as portas, mas reconhecia que a colaboração estreita com a mãe era o “segredo” que permitia o sucesso da Colette. O estilista Karl Lagerfeld, um dos clientes habituais, reconhece que é esta “osmose mãe-filha que faz da Colette, a Colette”, dando força ao argumento para o fecho.

Em 2015, a Forbes referia-se a este canto de Paris como “(ainda) a loja mais na moda do mundo“, pois conseguiu “manter-se relevante desde a abertura”. É uma loja de oferta variada, que apresenta vários preços e categorias de produto que vão desde livros, roupa e acessórios a velas, perfumes e aparelhos eletrónicos. O que parece marcar a diferença são as quantidades: significativamente inferiores ao usual, permitem ver cada secção na íntegra.

As colaborações da Colette contam com grandes nomes da moda, como a Chanel, e da música, pois fez parcerias com músicos como Pharrell Williams, Jay Z, Drake e Kanye West. No Euro 2016, a Coca-Cola criou um modelo único para ser vendido nesta loja. Nesse mesmo ano, o relógio da Apple vendeu 1.292 unidades em seis dias na Colette, a única loja não oficial a vender este produto em Paris.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)

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