Bruxelas desvaloriza impacto do corte de gás russo através de rota ucraniana
Apesar de este ano o gás natural russo ter deixado de chegar à Europa através da Ucrânia, a Comissão Europeia indica que não existem motivos de preocupação quanto ao fornecimento.
A Comissão Europeia afirma que não existem motivos de preocupação quanto ao fornecimento de gás no bloco, após terem cessado os fluxos que chegavam ao Velho Continente através da Ucrânia.
“Devido a um trabalho de preparação e coordenação eficiente na região e além da mesma, não existem receios quanto à segurança de fornecimento“, lê-se numa nota de imprensa emitida pela Direção-Geral de Energia da Comissão Europeia, partilhada na página da entidade.
Estas declarações foram divulgadas após uma reunião extraordinária do Grupo de Coordenação de Gás do executivo europeu, que decorreu esta quinta-feira. Nesse contexto foi feito um balanço por parte dos Estados-membros da Europa Central e de Leste em relação à situação no que toca o gás.
O acordo de trânsito de gás natural entre a Rússia e a Ucrânia terminou no dia 1 de janeiro. Esta quinta-feira, dia 2, os preços de referência do gás natural na Europa (os futuros do gás natural TTF, para entrega em fevereiro) chegaram a subir mais de 4% esta manhã, alcançando os 51 euros/MWh (megawatt-hora). Este é o valor mais alto desde outubro de 2023, segundo a Bloomberg. O mesmo contrato segue esta tarde a valorizar 3,08% para os 50,4 euros/MWh.
De acordo com a Comissão Europeia, o fornecimento de gás foi assegurado através de rotas alternativas, pela Alemanha e Itália, e através do recurso às reservas. Os níveis de armazenamento estão, para já, nos 72%, ligeiramente acima da média para esta altura do ano, que se cifra nos 69%. Em paralelo, o executivo europeu sublinha que as infraestruturas de gás europeias foram “significativamente” reforçadas com a capacidade de importação de gás natural liquefeito, desde 2022.
A Comissão mantém a monitorização regular e a comunicação com os Estados-membros e atores de mercado, de forma a garantir a segurança de abastecimento e evitar especulação, refere ainda a nota.
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