Portugal desiste de querer ficar com subsidiária da easyJet
A desistência acontece no seguimento de exigências da companhia low cost que pretendia ter como único supervisor o regulador do Reino Unido.
Portugal já não está na corrida para ficar com a subsidiária da easyJet. As autoridades portuguesas desistiram desta operação no seguimento de exigências impostas pela companhia aérea low cost que pretendia continuar a ter como último supervisor o regulador do Reino Unido, escreve o Dinheiro Vivo [acesso gratuito].
O diário explica que durante o processo de negociações para obter um certificado de operação aéreo em Portugal foi pedido à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) que autorizasse ceder a sua posição de supervisor ao regulador britânico. Ou seja, a entidade que regula a aviação em Portugal, abriria uma exceção que permitisse que a easyJet-Portugal pudesse responder perante o regulador do país de origem do grupo. Portugal decidiu assim retirar-se da corrida por entender que a autoridade do seu regulador jamais poderia ser cedida.
Esta notícia surge depois de, na quarta-feira, o Jornal de Negócios ter avançado que a Áustria tinha sido o destino escolhido para albergar a subsidiária da easyJet, país que estava na lista dos mais bem colocados. Segundo o Dinheiro Vivo, a decisão sobre o certificado de operação na União Europeia (UE) deve ser anunciada ainda durante esta semana, citando fontes do setor.
Ao Dinheiro Vivo, o Ministério do Planeamento e Infraestruturas não quis comentar o caso, mas salientou que vai continuar a trabalhar com a companhia aérea para reforçar a operação em Portugal.
Com a saída do Reino Unido da UE, não há certezas de que as regras continuem as mesmas para a easyJet e a companhia não quer arriscar, razão ela qual pretende um certificado de operação dentro do território. A criação de uma subsidiária num país da UE permite à companhia garantir que mantém as mesmas condições que disponha até agora.
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