Destino favorito dos portugueses? Onde a família tem casa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 19 Julho 2017

O alojamento é a principal preocupação dos portugueses durante o período de descanso. Ao mesmo tempo, a maioria não leva as rotinas de poupança na mala de viagem.

As férias estão a chegar, o que significa não só descanso mas também gastos. O Observatório Cetelem perguntou aos portugueses quais são as suas intenções em termos monetários para os meses de férias que se aproximam e, entre gastos e poupanças, chegou à conclusão de que a maior parte destes não leva as rotinas de poupança na mala de viagem.

Ainda assim, são muitos os fatores que merecem planeamento e poupança antes do período de descanso, com o alojamento a ser uma das principais preocupações dos que tiram férias entre julho e setembro. E ainda que a poupança direta não seja a primeira escolha, os portugueses arranjam outras maneiras de poupar, quer seja nas reservas ou na utilização do crédito.

Destino favorito? Onde a família tem casa

De acordo com o estudo, este ano 58% dos inquiridos fará férias no período entre julho e setembro, sendo que apenas 8% vai permanecer nas suas casas. No topo dos motivos pelos quais os inquiridos não vão de férias para fora de casa neste período está a falta de disponibilidade financeira — que ainda assim decresceu desde 2016 — e a preferência por outras alturas do ano.

Ainda assim, cerca de 15% dos portugueses questionados não gozam férias há mais de dois anos, sendo que a maioria — 45% — não goza férias há 12 meses. Os inquiridos que fazem parte deste grupo são maioritariamente de classe média-baixa.

No que diz respeito aos fatores que mais pesam na hora de escolher o destino de férias, o estudo revela que os portugueses dão atenção semelhante a dois aspetos: o preço e a localização. Ainda assim, é na localização que os portugueses mais gostam de poupar. Quer viajem para fora de Portugal ou fiquem por cá, 35% dos inquiridos procura ir para casas de familiares ou amigos.

Para José Pedro Pinto, Chief Marketing & Sales Officer do Cetelem, este dados resultam da tendência “dos portugueses fazerem férias em família ou com amigos mais próximos. É um hábito nacional, enraizado, e que se reflete neste estudo”.

"Apesar da crise dos últimos anos, há ainda um número significativo de pessoas que manteve uma segunda habitação.”

José Pedro Pinto

Chief Marketing & Sales Officer do Cetelem

A residência secundária surge como o terceiro tipo de alojamento procurado, com 23% dos portugueses inquiridos a afirmarem que se servem da segunda casa para passarem as suas férias. “Apesar da crise dos últimos anos, há ainda um número significativo de pessoas que manteve uma segunda habitação”, comenta José Pedro Pinto

Ainda assim, quando o destino é o estrangeiro, a acomodação em unidades hoteleiras acaba por ser a favorita, com 75% dos inquiridos a procurarem, através de agências de viagens ou através das várias plataformas online de reserva — como a Booking ou a Airbnb — o melhor negócio.

Mais compras, menos poupança

Com os trabalhadores do setor público a receberem por inteiro o subsídio de férias e os do setor privado a terem direito ao mesmo por inteiro ou em duodécimos impõe-se a pergunta: gastar ou pôr de lado? A maioria dos inquiridos (61%) vai utilizar uma parte do subsídio de férias nas férias, sendo que 18% destes vão gastar a totalidade do dinheiro.

Ainda assim, dois terços dos inquiridos planeia poupar, de alguma forma, nas férias. Mesmo que não ponham o dinheiro de lado, ou o apliquem numa solução de poupança, é no alojamento que os portugueses são mais ardilosos e procuram os melhores negócios. As técnicas favoritas incluem também as reservas com antecedência e as viagens em companhias low cost.

Por fim, o Cetelem analisou a intenção de utilização de cartões de crédito, sendo que 42% dos inquiridos afirma que não vai utilizar esta solução durante o período de descanso. Por outro lado, os 9% que afirmam que vão utilizar não sabe que montante irá necessitar.

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