IEFP: Ofertas de emprego caem 20% com fim de Estímulo-Emprego
Houve menos 21 mil ofertas de emprego registadas junto do IEFP em 2016 do que em 2015, o que o Governo atribui, em parte, ao fim da medida de estímulo à contratação em julho de 2016.
As ofertas de trabalho nos centros de emprego diminuíram 21,4% em 2016 em relação ao ano anterior, interrompendo uma tendência de aumento desde 2012. De acordo com o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, a diminuição deve-se em parte ao fim da medida Estímulo-Emprego, que terminou em julho de 2016.
Os dados foram divulgados no relatório Emprego e Formação do 2.º Semestre de 2016, realizado pelo Centro de Relações Laborais, com base em dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). O relatório, publicado esta segunda-feira, mostra que o número de ofertas registadas no IEFP em 2016 se fixou em 146 mil, relativamente a 177 mil em 2015. É o número mais baixo desde 2013.
Para Miguel Cabrita, esta quebra de 21,4% nas ofertas registadas no IEFP tem dois motivos. Um deles é “a dinâmica própria da procura e oferta de emprego”, que está a tornar-se mais independente dos serviços públicos de emprego. “Têm um papel muito importante mas o mercado de trabalho funciona de forma mais autónoma”, exemplificou.
No entanto, o secretário de Estado assinalou outro motivo: “Uma das dimensões desta diminuição tem a ver com o fim da medida Estímulo-Emprego, porque uma larguíssima parte dessas ofertas estava ligada a essa medida”, acrescentou. Assim, “o incentivo das empresas para registarem ofertas no IEFP diminuiu” a partir de julho, quando a medida foi terminada. O Governo iniciou a sua alternativa, a medida Contrato-Emprego, em janeiro de 2017.
O relatório do 2.º Semestre sobre Emprego e Formação do Centro de Relações Laborais assinala ainda que as colocações também caíram 15% em 2016 em relação ao ano anterior no IEFP, descendo assim do máximo registado no ano anterior.
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