Custos das empresas com salários aumentaram mais de 8% em 2024
Custos do trabalho aumentaram 8,2% em 2024. A componente salarial subiu 8,2%, enquanto os outros custos crescerem 8,1%, de acordo com o INE.
Os custos suportados pelas empresas com os salários dos seus trabalhadores subiram 8,2% no último ano em comparação com o anterior, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Corresponde a uma aceleração face à subida que tinha sido registada em 2023.
“Em 2024, o Índice de Custo do Trabalho (ICT) aumentou 8,2%, a que corresponderam acréscimos de 8,2% nos custos salariais e 8,1% nos outros custos“, informa o gabinete de estatísticas na nota divulgada esta manhã.
Nos custos salariais, estão incluídos o salário base, os prémios e subsídios regulares, os prémios e subsídios irregulares (como o subsídio de férias e o subsídio de Natal) e o pagamento das horas extraordinárias. Em 2023, este indicador tinha subido 5,1%, o que significa que o referido aumentou registado em 2024 foi, na verdade, equivalente a uma aceleração.
No que diz respeito aos outros custos, estão incluídos a indemnização por despedimento, os encargos legais a cargo do empregador (como a contribuição patronal para a Segurança Social e o seguro de acidentes de trabalho) e os encargos convencionais, contratuais e facultativos (como o seguro de saúde e seguro de vida). Em 2023, esse indicador tinha aumentado 8,1%, o que significa que também neste caso houve uma aceleração em 2024.
No total — isto é, considerando tanto os custos salariais, como os outros encargos –, enquanto o setor privado registou um aumento de 8,1% em 2024, o setor público verificou um aumento de 8,3%, de acordo com o INE.
Contas feitas, o custo médio por trabalhador aumentou 6,4%, ao mesmo tempo que o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1,6%, acrescenta o gabinete de estatísticas.
Custos acabam o ano a acelerar
A nota divulgada esta manhã pelo INE traz não só os dados anuais, mas também os números relativos ao último trimestre de 2024, que foi sinónimo de um acréscimo homólogo de 9,6% do ITC. Ora, no terceiro trimestre a subida tinha sido de 8,7%, o que significa que o fim do ano ficou marcado por uma aceleração dos custos do trabalho.
“Os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 9,6% e os outros custos (também por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 9,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior”, salienta o gabinete de estatísticas.
“A evolução homóloga do ICT resultou também da conjugação do acréscimo de 6,0% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 3,3% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador“, acrescenta a mesma fonte.
Importa notar que o acréscimo do custo médio por trabalhador foi transversal a todas as atividades económicas, tendo os aumentos sido maiores na Administração Pública (6,9%) e menores nos Serviços (5,1%).
“Com exceção da Administração Pública, em que o aumento foi superior, as restantes atividades apresentaram acréscimos menores do que os registados no trimestre anterior“, realça o INE.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h44)
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