Nova ajuda à Grécia? O FMI autorizou
O FMI autorizou um novo empréstimo de 1,6 mil milhões de euros à Grécia, com a condição de todos os credores concederem um alívio de dívida.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) autorizou na quinta-feira o relançamento do plano de ajuda à Grécia, indicou a organização, em comunicado. Esta luz verde materializa-se através de um acordo de princípio de 1,6 mil milhões de euros, atribuídos à Grécia a título de crédito “de precaução”.
“Como dissemos muitas vezes, mesmo com a implementação completa do programa, a Grécia não vai ser capaz de restaurar a sustentabilidade da dívida e precisa de futuro alívio de dívida dos seus parceiros europeus,” constatou Christine Lagarde no comunicado. “Tem de ser acordada uma estratégia para a dívida ancorada em suposições mais realísticas. Espero que seja acordado entre a Grécia e os seus parceiros europeus um plano que restaure a sustentabilidade da dívida.”
Assim, o FMI não vai desembolsar o dinheiro imediatamente, impondo-se a contingência dos países da Zona Euro concederem à Grécia uma alívio da dívida. Os bancos gregos terão também de passar por uma avaliação de qualidade dos seus ativos e por testes de stress para assegurar que estão devidamente capitalizados antes de o plano ser concluído, estabeleceu Lagarde.
"Como dissemos muitas vezes, mesmo com a implementação completa do programa, a Grécia não vai ser capaz de restaurar a sustentabilidade da dívida e precisa de futuro alívio de dívida dos seus parceiros europeus.”
Os responsáveis do FMI estimam que, mesmo que as reformas prometidas sejam cumpridas, a dívida soberana vá atingir o patamar dos 150% do PIB do país até 2030, tornando-se “explosiva”. A solução estará na adoção de medidas como a extensão dos períodos de graça, o aumento da maturidade da dívida e o adiamento de pagamentos de juros. Para além disto, o FMI reservou 10 mil milhões de euros para um potencial apoio à banca, um valor que, segundo a instituição, “pode não ser suficiente”.
A decisão de relançar o plano de ajuda reflete o compromisso firmado em junho entre todos os ministros das Finanças da Zona Euro, que se afirmavam relutantes com a possibilidade de serem mais permissivos em relação à situação da Grécia. Em resposta a esta, Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, afirmou que a decisão “assegura um alinhamento total do pacote de medidas para a Grécia”.
O empréstimo do FMI corresponde a 55% da quota que a Grécia possui neste organismo internacional.
(Notícia atualizada às 12h10 com mais informações e as declarações de Christine Lagarde)
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