Lucro da REN sobe 2,2% para 152,5 milhões em 2024. Dividendo sobe 2%
O lucro da REN subiu 2,2% para 152,2 milhões em 2024. A empresa vai antecipar a política de crescimento do dividendo e aumentá-lo 2% para 15,7 cêntimos em 2025.
A REN – Redes Energéticas Nacionais obteve um resultado líquido de 152,2 milhões em 2024, 2,2% acima dos 149,2 milhões de euros registados no ano anterior. Esta informação foi divulgada esta quinta-feira pela empresa, através de um comunicado publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com o comunicado partilhado pela REN com a imprensa, para o aumento dos lucros contribuíram impactos fiscais positivos e o reconhecimento de 5,6 milhões de euros relativos à Contribuição Extraordinária Sobre o Setor Energético, depois de, pela primeira vez, o Tribunal Constitucional ter decidido favoravelmente a dois recursos apresentados no segmento do gás.
A travar um melhor desempenho estiveram outros fatores, que ditaram uma quebra de 1,5% no EBITDA, para 506,1 milhões de euros. A atividade doméstica recuou 2,6 milhões de euros, e a internacional desceu 5,3 milhões de euros. “Em Portugal, o EBITDA foi impactado pela redução da rentabilidade dos seus ativos regulados, sobretudo no segmento do gás“, explica a REN, enquanto no caso da atividade internacional tinha sido registado em 2023 um proveito extraordinário não recorrente de 4 milhões de euros.
Os resultados financeiros também foram mais baixos em 20,7 milhões de euros, dado o aumento do custo médio da dívida. Em sentido contrário, o investimento (CAPEX) registou “um forte incremento”, para 368,4 milhões de euros, 22,2% acima do ano anterior, “o que reflete o foco e compromisso da REN com os objetivos de transição energética do país e em linha com o anunciado no mais recente plano estratégico” para o horizonte de 2024 a 2027, escreve a REN. Entraram em exploração novos projetos em 2024 que superaram em 33% o número de 2023.
A dívida líquida registou uma redução de 1% para 2.388,5 milhões de euros, sendo que o respetivo custo médio subiu 2,75%, “fruto da conjuntura internacional”. Em fevereiro de 2024, a REN fez a sua segunda emissão de obrigações verdes, no montante de 300 milhões de euros, com uma maturidade a oito anos e uma procura sete vezes superior à oferta.
O Conselho de Administração da REN vai propor na Assembleia Geral de Acionistas, a realizar no dia 15 de abril, o pagamento de um dividendo anual de 15,7 cêntimos por ação, pago em duas tranches. Isto representa um crescimento de 2% face ao valor de 2023. “Deste modo, a REN pretende antecipar a implementação da política de remuneração crescente, de acordo com o Plano Estratégico 2024-2027, inicialmente prevista apenas para 2025”, nota a cotada, no mesmo comunicado.
(Notícia atualizada pela última vez às 17h13, com mais informação)
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