⛽ Diesel vai descer dois cêntimos na próxima semana. Preço da gasolina não mexe

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,586 euros por litro de gasóleo simples e 1,699 euros por litro de gasolina simples 95.

Só o preço do diesel deverá descer na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer dois cêntimos e a gasolina não deverá sofrer alterações, de acordo com os dados publicados pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP). Uma previsão confirmada ao ECO por fonte do mercado.

Quando for abastecer, passará a pagar 1,586 euros por litro de gasóleo simples e continuará a pagar, como esta semana, 1,699 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Caso estas descidas se venham a confirmar os preços do diesel e da gasolina estão próximos do valor pago na semana de 11 de novembro. O gasóleo caminha assim para terceira semana de descidas e a gasolina interrompe as quedas das últimas três semanas que ditaram uma descida de 7,4 cêntimos nos preços. Já o gasóleo desceu 5,8 cêntimos desde 24 de fevereiro e se esta nova descida se confirmar a poupança será de 7,8 cêntimos.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desceu 3,5 cêntimos e a gasolina desceu 4,1 cêntimos, um desempenho que correspondeu às expectativas do mercado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a subir 0,9% para os 70,51 dólares por barril — e caminha para a uma estabilização dos preços em termos semanais –, depois de uma perda de mais de 1% na sessão anterior, em parte devido à constatação de que não será possível um fim rápido para a guerra na Ucrânia, que poderia trazer de volta mais fornecimentos de energia russa aos mercados ocidentais.

O petróleo brent tem oscilado em torno da marca dos 70 dólares nas últimas duas semanas. Se se manter neste nível na próxima semana dependerá das notícias políticas”, disseram os analistas do Commerzbank numa nota citada pela Reuters.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira que Moscovo apoiava uma proposta dos EUA para um cessar-fogo na Ucrânia em princípio, mas procurou uma série de esclarecimentos e condições que parecem descartar um fim rápido para os conflitos.

“O apoio morno da Rússia a uma proposta de cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia reduziu a confiança de que este possa acontecer a curto prazo”, disse o analista de mercado do IG, Tony Sycamore.

Esta incerteza pode fornecer um suporte para os preços, evitando novas quedas e potencialmente elevando-os se o conflito persistir”, diz por seu turno George Pavel, diretor-geral da Naga.com Médio Oriente, numa nota enviada ao ECO.

A pressionar os preços em alta está ainda o facto de empresas estatais chinesas estarem a restringir as importações de petróleo russo devido aos riscos de sanções, segundo avançou a Reuters.

A Agência Internacional de Energia alertou na quinta-feira que a oferta global de petróleo poderá exceder a procura em cerca de 600 mil barris por dia este ano, devido ao crescimento liderado pelos Estados Unidos e à procura global mais fraca do que o esperado.

Por outro lado, “as novas sanções da Administração Trump ao petróleo iraniano acrescentaram outra camada de volatilidade. Uma redução significativa das exportações iranianas poderá restringir a oferta global de petróleo, dando algum apoio aos preços”, defende George Pavel.

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