Tecnológica Blip está a recrutar e quer chegar aos 1.300 trabalhadores até ao fim do ano
Tecnológica sedeada no Porto já tem mil funcionários e quer chegar ao fim do ano acima dos 1.300. Procura tanto recém-formados (em abril abre estágios remunerados) como pessoas mais experientes.
A Blip, empresa de tecnologia sedeada no Porto, acaba de atingir a fasquia dos mil trabalhadores e já tem mais vagas de emprego abertas. A intenção é chegar aos 1.300 funcionários até ao fim do ano. Em declarações ao ECO, a responsável Beatriz Gomes explica que a empresa procura, na maioria, perfis mais séniores, mas está também aberta a quem esteja a começar agora a carreira. Arranca em abril mais uma edição do programa de estágios remunerados.
“Já temos algumas oportunidades abertas para perfis de engenharia — backend e frontend developers –, managment — por exemplo, engineering management — e também produto, isto é, product manager“, identifica a responsável por people partnering e benefícios.
Beatriz Gomes acrescenta que as necessidades de pessoal da Blip são “transversais a vários níveis de senioridade“, mas a maioria das posições que serão abertas ao longo deste ano, indica, serão para “perfis seniores e sólidos“.
Quanto aos mais jovens (recém-licenciados) e aos perfis em reconversão profissional, há a notar que já no próximo mês arranca a sétima edição do programa de estágios remunerados desta tecnológica, que, a julgar pelas edições anteriores, contará com 50 vagas, adianta a responsável.
“Os estágios são uma fonte de talento“, sublinha a head of people partnering, que garante, além disso, que o objetivo é integrar esses jovens, após o estágio (que dura nove meses).
O programa BETa que terá em abril o arranque da sua sétima edição e proporciona estágios remunerados de nove meses para recém-licenciados e perfis associados a reconversão profissional.
Esta intenção de recrutamento da Blip é expressa numa altura em que, em vários setores, mas especialmente no tecnológico, os empregadores têm reportado sérias dificuldades na atração de trabalhadores.
Sobre isso, Beatriz Gomes reconhece que o talento nacional tem sido contratado por empresas de vários países, o que tem tornado o recrutamento mais desafiante. Mas assegura que esta tecnológica tem conseguido uma “boa taxa de conversão” entre as candidaturas e o recrutamento efeito.
Teletrabalho permite contratar fora do Porto

Quanto aos fatores que mais têm ajudado na atração de talento, a responsável da Blip adianta ao ECO que entre os benefícios mais valorizados está a flexibilidade no modelo de trabalho.
A head of people partnering detalha que cada empregado pode escolher, com o seu gestor, o modelo mais adequado às suas funções e prioridades: ou maioritariamente remoto (o único requisito é, pelo menos, uma visita ao escritório no Porto uma vez por trimestre), ou híbrido (alguns dias remotos, outros presenciais durante a semana) ou presencial.
Mesmo numa altura em que várias empresas têm eliminado o trabalho remoto e adotado um modelo 100% presencial, a responsável enfatiza que na Blip a modalidade remota “tem funcionado“, argumentando que é, aliás, essa flexibilidade que permite à empresa “expandir os seus horizontes e barreiras geográficas” no momento de encontrar talento.
É esta flexibilidade no modelo de trabalho que nos permite expandir os horizontes e barreiras geográficas no recrutamento de talento.
A Blip tem escritório no Porto, mas conta com trabalhadores que exercem as suas funções a partir do Algarve, da Madeira e de Lisboa — tendo apenas de visitar a Invicta, como referido, uma vez por trimestre, diz Beatriz Gomes.
Outro dos benefícios mais valorizados é a política de apoio à parentalidade, destaca a mesma responsável. Inclui até três meses extra de licença parental financiados pela empresa, três complementos financeiros anuais durante os primeiros três anos da criança ou uma combinação de ambas as opções.
Como já escreveu o ECO, esse benefício tem tido grande adesão entre os trabalhadores que já estão sob a alçada da Blip. Esta política foi lançada num momento em que, no Parlamento, foi discutida uma iniciativa de cidadãos com vista a alargar a licença parental para todos os trabalhadores portugueses, mas essa proposta acabou por cair por terra.
Fundada em 2009, no Porto, a Blip destacou-se inicialmente pelo desenvolvimento tecnológico e de software à medida para web e mobile. Foi adquirida em 2012 pela Betfair, tendo feito parte de todas as aquisições e movimentos que culminaram na criação da Flutter Entertainment em 2019, cotada na bolsa de Nova Iorque.
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