45 mil famílias saíram de incumprimento no último ano
O número de famílias em incumprimento com os seus créditos atingiu no final de junho mínimos históricos. Cerca de 564 mil famílias estavam nessa situação.
O número de famílias em situação de incumprimento com créditos atingiu no final do primeiro semestre deste ano um mínimo histórico. Eram cerca de 563,5 mil as famílias em falha com o pagamento dos seus créditos, no final de junho. Este é o valor mais baixo desde março de 2009, período a que remonta o histórico disponibilizado pelo Banco de Portugal.
A quebra do número de situações de incumprimento coincide com a melhoria da situação económica do país que ajudou muitas famílias a virarem costas ao flagelo do incumprimento. Não só a economia começou a crescer a um ritmo bastante mais acelerado, como o desemprego recuou para mínimos de nove anos, com muitas pessoas a regressarem ao mercado do trabalho e assim conseguirem cumprir com os seus compromissos financeiros.
A melhoria do quadro económico em Portugal permitiu que só no último ano, perto de 45 mil famílias tivessem deixado de fazer parte de lista de incumpridores com créditos. Em termos homólogos, trata-se da maior quebra de sempre do histórico disponibilizado pela instituição liderada por Carlos Costa.
A diminuição das situações de incumprimento foi transversal a todas as categorias de crédito às famílias. No caso do crédito à habitação — a categoria de crédito que tendencialmente só em último caso os devedores deixam de cumprir — o número de situações de incumprimento encolheu em 24,7 mil no último ano, para se fixar no final de junho num mínimo histórico de cerca de 121,3 mil.
Também no crédito ao consumo se registou uma quebra acentuada no número de devedores em falha com as prestações dos empréstimos (de salientar que a mesma pessoa pode ser devedora de mais do que um crédito), com este a totalizar 506,3 mil no final de junho. Ou seja, menos 43 mil face ao mesmo mês do ano anterior.
A quebra do número de situações de incumprimento nestes dois segmentos de crédito aconteceu em paralelo com a diminuição do bolo do malparado. Nas famílias, o total do crédito em incumprimento na habitação encolheu para mínimos de dezembro de 2011, para se fixar no final de junho nos 2.101 milhões de euros. Já no crédito ao consumo, o malparado fixou-se no final de junho nos 702 milhões de euros. Ou seja, a fasquia mais baixa desde agosto de 2008.
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