Importações sobem mais que exportações. Défice ultrapassa mil milhões em junho
O défice da balança comercial voltou a aumentar em junho deste ano, ultrapassando os mil milhões de euros. No conjunto dos seis primeiros meses do ano, o défice comercial ascende a 6,3 mil milhões.
As exportações de bens aumentaram 12,2% no primeiro semestre deste ano, um crescimento que ficou aquém da evolução das importações, que avançaram 14,5% neste período.
Ao todo, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal vendeu um total de 27,8 mil milhões de euros em bens para o exterior, no conjunto dos seis primeiros meses do ano. Por outro lado, as importações totalizavam 34,1 mil milhões de euros no final do primeiro semestre.
Considerando apenas o mês de junho, as exportações totalizaram 4,77 mil milhões, uma subida homóloga de 6,8%, enquanto as importações subiram 7,1%, para 5,77 mil milhões.
A contribuir para estes aumentos esteve, sobretudo a categoria de combustíveis e lubrificantes. Neste setor, as exportações aumentaram 27% no trimestre terminado em junho, enquanto as importações dispararam 36,8% nesse mesmo período. Assim, excluindo esta categoria, as exportações teriam totalizado apenas 25,8 mil milhões de euros no primeiro semestre e as importações cairiam para pouco mais de 30 mil milhões.
Feitas as contas, aponta o INE, o défice da balança comercial de bens ultrapassou os mil milhões de euros em junho de 2017, o que representa um aumento de 80 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado. Já no conjunto dos seis primeiros meses do ano, o défice comercial ultrapassa os 6,3 mil milhões de euros.
Angola foi o país para onde as exportações portuguesas mais aumentaram. No trimestre terminado em junho, as exportações para Angola dispararam 45,7%, totalizando 427 milhões de euros. As vendas para os Países Baixos e Marrocos também apresentaram aumentos expressivos neste período, de 24,9% e 24,2%, respetivamente.
Já as importações aumentaram, sobretudo, com as compras à China (mais 19,4%) e a Itália (um aumento de 16,4%).
Notícia atualizada às 11h34 com mais informação.
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