António Costa quer “novo ciclo político”. Desafia PSD para os fundos europeus
"Passadas as eleições autárquicas, o tempo político será distinto", diz o primeiro-ministro que conta com o PSD para aprovar grandes investimentos que contarão com fundos europeus.
Após “virar da página da austeridade”, António Costa aponta agora a um “novo ciclo político”, mas apenas depois das autárquicas. O primeiro-ministro defende, em entrevista ao Expresso (acesso pago), que é preciso aumentar o investimento público sendo, para isso, fundamental contar com o apoio do PSD para captar fundos europeus.
"A esquerda e a direita não se distinguem, em nenhum país do mundo, por decidir se fazem um aeroporto ou não, uma linha férrea e se ela tem este ou aquele traçado. São objetivos que têm de ser consensuais porque são compromissos que ficam para séculos.”
“Até às autárquicas, cada um vai tratar de fazer o melhor resultado possível. Este não é o tempo dos acordos, é o tempo das disputas. Passadas as autárquicas, outro tempo virá, certamente com melhores condições para consensos”, refere António Costa. “Passadas as eleições autárquicas, o tempo político será distinto”, nota.
Depois das autárquicas, Costa aponta para um novo ciclo. “A esquerda e a direita não se distinguem, em nenhum país do mundo, por decidir se fazem um aeroporto ou não, uma linha férrea e se ela tem este ou aquele traçado. São objetivos que têm de ser consensuais porque são compromissos que ficam para séculos”, diz.
“Se queremos ser competitivos temos de ter boas infraestruturas e para isso é necessário consolidar conceitos. É extraordinário ver hoje notícias sobre o esgotamento do aeroporto de Lisboa quando há quatro anos havia quase uma guerra civil no país sobre a necessidade da construção de um novo aeroporto”, acrescenta.
Questionado pelo Expresso se conta com o PSD para ter a maioria de dois terços necessária na Assembleia da República para aprovar estes investimentos, que estão assentes num novo acordo com a União Europeia para fundos comunitários, Costa diz que “é fundamental [contar com o PSD]. Esse consenso não deve ser construído a partir do nada, mas a partir da análise das necessidades concretas do país e deve estar alicerçado em boa informação”, remata.
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