Incêndios: municípios afetados pedem ajuda de 17,2 milhões de euros
Os sete municípios afetados pelos incêndios que começaram em junho apresentaram candidaturas para recuperação de infraestruturas municipais no valor global de 17,2 milhões de euros.
As autarquias de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã apresentaram candidaturas para recuperação de infraestruturas municipais, no valor global de 17,2 milhões de euros, informou o gabinete do ministro Adjunto, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
No final de julho, foram abertos os concursos para a reposição das infraestruturas básicas afetadas pelas chamas, com uma linha de apoio de 14 milhões de euros, sendo que as obras vão ser financiadas a 85% por fundos comunitários. Contudo, o valor requerido pelo conjunto dos municípios ultrapassa em 3,2 milhões de euros o valor da linha de apoio. As candidaturas distribuem-se da seguinte forma:
- Pedrógão Grande: 4,8 milhões de euros (cinco candidaturas)
- Castanheira de Pera 3,06 milhões de euros (oito candidaturas )
- Figueiró dos Vinhos 3 milhões de euros (seis candidaturas)
- Góis 2,13 milhões de euros (cinco candidaturas)
- Sertã 1,99 milhões de euros (seis candidaturas)
- Pampilhosa da Serra 1,88 milhões de euros (três candidaturas)
- Penela 412 mil euros (seis candidaturas).
De acordo com a nota enviada pelo gabinete do ministro Adjunto, a avaliação da elegibilidade das candidaturas a fundos europeus bem como ao Fundo de Emergência Municipal (que deve assegurar a contrapartida nacional) está a cargo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). A 12 de julho, por resolução do Conselho de Ministros, o Governo decidiu “permitir a concessão de auxílios financeiros aos municípios afetados através do FEM [Fundo de Emergência Municipal] sem o requisito da declaração de calamidade pública“.
Os apoios a que os municípios concorreram destinam-se “à recuperação das infraestruturas e equipamentos das autarquias que sejam considerados essenciais à vida das populações, nomeadamente nos domínios do abastecimento de água, estradas municipais e arruamentos urbanos, sinalética e segurança rodoviária ou equipamentos municipais de lazer e turismo”, explica a nota de imprensa.
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos. Só foram extintos uma semana depois. Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 imóveis, dos quais mais de 200 eram casas de primeira habitação.
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