“Bomba H” assusta bolsas europeias. Lisboa não escapa
O novo teste balístico levado a cabo pela Coreia do Norte assustou as bolsas europeias, que registaram um dia de perdas. Lisboa não foi exceção, com o BCP e a Jerónimo Martins a pressionar.
A tensão nuclear parecia já ter acalmado, com os mercados a regressarem ao ritmo de negociação habitual, mas o fim de semana trouxe más notícias. A Coreia do Norte anunciou ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio, sendo este o maior teste que o país alguma vez levou a cabo. Os receios do início de uma crise nuclear puseram os mercados europeus em sentido e os investidores a procurar refúgio no ouro.
Na Europa, as bolsas pintaram-se de vermelho, registando perdas de 0,2% a 0,7%. O Stoxx 600 caiu 0,50%, enquanto o espanhol Ibex-35 perdeu 0,78%. Em Portugal, o PSI-20 também tremeu, tendo encerrado a sessão desta segunda-feira a perder 0,61%, com apenas quatro cotadas em terreno positivo.
A pressionar o principal índice bolsista português esteve o BCP que, no dia em que comemorou 30 anos de negociação em bolsa, caiu 1,55%. As ações estrearam-se a valer 200 contos — 1.000 euros, sem contabilizar a inflação –, mas encerraram esta sessão comemorativa a valerem 22,3 cêntimos. Seguiu-se a retalhista Jerónimo Martins que perdeu 1,21% para os 16,68 euros e a Corticeira Amorim, que derrapou 2,83% para 11,31 euros.
A Ibersol foi uma das quatro cotadas que conseguiu contornar a pressão vendedora, tendo atingido máximos intradiários. O grupo de restauração, dono de insígnias como a Pizza Hut, a Burguer King e a KFC, avançou 4% para 12,01 euros, mas chegou aos 8,16% de valorização durante esta sessão. Na passada semana foram conhecidos os resultados relativos ao primeiro semestre deste ano, com os lucros a registarem um aumento de 10,2%. O volume de negócios também aumentou 19,4% para os 129 milhões de euros.
PSI-20 segue a Europa
Nas situações de maior tensão geopolítica, os investidores tendem a procurar os ativos mais seguros, como é o caso do ouro. Com o furacão Harvey a provocar danos massivos nos EUA e as ameaças nucleares a adensarem-se, o metal amarelo segue a renovar máximos de junho de 2016, com cada onça a valer 1.334,63 dólares.
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