Suspeitas de corrupção nos jogos olímpicos no Rio de Janeiro
Em causa está a atribuição da organização da competição olímpica ao Rio de Janeiro em 2016.
A polícia brasileira anunciou esta terça-feira a abertura de um inquérito por corrupção à atribuição da organização dos Jogos Olímpicos de 2016 à cidade do Rio, com a possível compra de votos no Comité Olímpico Internacional (COI).
Segundo a TV Globo, a polícia fez buscas esta terça-feira de manhã na residência de Carlos Nuzman, presidente do Comité Olímpico brasileiro, no bairro carioca do Leblon.
Responsáveis da polícia judiciária brasileira, acompanhados de elementos das judiciárias francesa e norte-americana, dirigiram as buscas, à procura de provas de “compra de votos no âmbito da escolha, pelo Comité Olímpico Internacional, da cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2016”, segundo um comunicado da polícia.
A escolha do Rio de Janeiro foi decidida numa votação dos membros do Comité Olímpico Internacional realizada a 2 de outubro de 2009 em Copenhaga. Chicago, Madrid e Tóquio eram também candidatas à organização dos Jogos.
Um inquérito semelhante foi aberto em França pelo Ministério Público Financeiro (PNF). Documentos transmitidos pelas autoridades fiscais dos Estados Unidos à justiça de França, revelados pelo jornal Le Monde em março de 2017, indicam que a Matlock Capital Group, uma empresa que geria os interesses do empresário brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, pagou, três dias antes da votação, 1,5 milhões de dólares a uma empresa que na altura pertencia a um filho do presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do COI, Lamine Diack.
Menezes Soares Filho é próximo de Sérgio Cabral, antigo governador do estado do Rio de Janeiro (2007-2014), condenado a 14 anos de prisão por corrupção.
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