Disparidade salarial é maior entre os trabalhadores com mais de 50 anos
Os homens são mais bem pagos que as mulheres, mas a diferença é ainda maior quando as mulheres chegam aos 50, de acordo com o estudo TUC, estudo anual das horas e dos ganhos (em inglês na sigla ASHE).
No Reino Unido, as mulheres recebem menos do que os homens, mas a diferença é ainda maior quando as mulheres entram na casa dos 50, onde atinge os 25,9%. Os dados são de uma análise TUC (Trades Union Congress) de dados do Instituto Nacional de Estatística Inglês.
A disparidade salarial começa no momento em que as mulheres entram no mercado de trabalho e atinge o seu ponto mais alto quando as mulheres chegam aos 50 anos, momento em que as mulheres recebem aproximadamente menos 85,40 libras menos que o sexo oposto.
O estudo em causa mostra que as disparidades salariais aumentam de forma constante, dos 9,1% para jovens aos 18 anos, no início da carreira, até aos 25,9% para as mulheres a partir dos 50 anos, caindo depois ligeiramente para os 22,8% quando as mulheres atingem os 60 anos.
Frances O’Grady, secretário do Trade Union Congress, disse que “as mulheres sofrem uma grande penalização ao longo do percurso das suas carreiras, que atinge o seu máximo quando estas chegam aos 50 anos. Com o ritmo atual de progresso, serão precisas décadas até que as mulheres atinjam uma paridade salarial com os homens”, acrescenta.
Ter um filho pesa de maneiras diferentes salário dos homens e no das mulheres, sendo que as mulheres ganham menos que os homens também depois de terem um filho. É preciso fazer mais para ajudar as mães a voltar para empregos melhores, mais bem pagos, depois de terem filhos.
No gráfico abaixo é possível contemplar as diferenças salariais existentes entre ambos os géneros, em percentagem:
Uma jovem de 18 anos, que trabalhe a tempo inteiro ganha, por ano, 1543 euros (1395 libras) a menos que um jovem da mesma idade. Aos 20 anos, o género feminino ganha menos 2150 euros (1944 libras) anuais que o género masculino e aos 30 a diferença é de 3356 euros (3034 libras) anuais a menos para as mulheres. Aos 40, a disparidade duplica: menos 8004 euros (7234 libras) para as mulheres, em termos a anuais.
Segundo os dados do mesmo estudo, as mulheres que foram penalizadas a nível salarial por terem sido mães, foram-no por terem engravidado mais tarde na vida, no momento em que conseguiram voltar a um trabalho a tempo inteiro depois de darem à luz.
O estudo TUC deixa algumas recomendações, nomeadamente um melhor pagamento depois da paternidade, e força governo britânico a pedir às empresas que avancem com um plano para acabar com a disparidade salarial existente com sanções para aqueles que se recusem a obedecer.
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