Entradas no ensino superior são das mais altas dos últimos sete anos

  • ECO
  • 10 Setembro 2017

Número de alunos colocados no ensino superior é dos mais altos dos últimos sete anos. Engenharia Aeroespacial do Técnico registou a média mais alta com 18,8 valores. Medicina perde terreno.

44.914 alunos entraram este ano para o ensino superior, ou seja, 85,7% dos candidatos à primeira fase de acesso ao superior. É o número mais alto desde 2010, segundo os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso, divulgados à meia-noite deste domingo e representa um aumento de 4,6% face ao ano passado.

A esta fase do concurso apresentaram-se 52.434 alunos, o que representa um crescimento de 6% face ao número de candidatos do ano anterior. Do número de alunos colocados, 27.648 entraram na Universidade, e 17.266 entraram nos politécnicos públicos.

Com estes dados mantém-se a tendência de crescimento do número de novos alunos que entram nas universidades nos últimos anos. Segundo dos dados disponíveis entre 2013 e 2017, o número de colocados no ensino superior aumentou 20%, mais 74.99 estudantes.

Para o ministro do Ensino Superior, estes resultados “mostram uma evolução favorável na trajetória de qualificar a população portuguesa”. Apesar do balanço “muito positivo”, Manuel Heitor entende que “o ensino superior tem de crescer”.

“Portugal ainda só tem quatro em cada dez jovens de 20 anos no ensino superior, é uma média ainda baixa face às regiões mais desenvolvidas da Europa”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.

Já o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Cunha mostrou-se satisfeito com o aumento de colocações no ensino superior, destacando também a subida das notas mínimas de entrada nos cursos. Em declarações à Lusa, António Cunha adiantou que estes números traduzem “uma evolução positiva, mas expectável”.

Para além do número de alunos de estudantes colocados no ensino superior, o presidente do Conselho de Reitores destacou a evolução “muito, muito positiva na qualidade dos alunos que entram”, dado a subida da média de entrada em vários cursos.

De acordo com os resultados do concurso, que podem ser consultados no site da Direção Geral do Ensino Superior (DGES), praticamente metade dos estudantes entraram na sua primeira opção (49%). Na segunda opção entraram 21,6% e 12,8% na terceira opção.

Para a segunda fase do concurso sobraram 6.225 vagas, o que representa uma diminuição de 22,4% face ao ano passado e é mesmo o menor número de vagas desde o ano de 2009. As candidaturas para a segunda fase começam na próxima segunda-feira e prolongam-se até ao dia 22 de setembro, devendo as colocações ser conhecidas a 27 de setembro. Segue-se depois a terceira fase do concurso pelo que o processo de entrada dos alunos no ensino superior só estará concluído a 13 de outubro, altura em que são divulgados os resultados deste última fase.

As Universidades do Porto e de Lisboa lideram em termos de preferência de alunos.

Medicina cai, engenharias impõem-se

No que respeita às médias de entrada, a tendência do ano passado mantém-se. Medicina volta a perder terreno, com três engenharias a liderarem a tabela das médias mais altas. Engenharia Aeroespacial, do Instituto Superior Técnico, lidera a tabela coma nota do último colocado a atingir os 18,8 valores, seguida por Engenharia Física Tecnológica também do Técnico com 187,5 valores. Em terceiro lugar aparece Gestão e Engenharia Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Medicina, também da Universidade do Porto, aparece na quarta posição, com a média de 18, 33 valores.

Ainda analisando os dados é possível ver que existem 57 cursos sem alunos. As áreas com maior procura continuam a ser as engenharias técnicas e afins (7664 alunos), seguida por Ciências Empresariais (69001 alunos) e Saúde (6737 alunos).

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