Os novos livros na rentrée da Fundação Francisco Manuel dos Santos
Três retratos e três ensaios marcam as novas publicações da Fundação Francisco Manuel dos Santos, com temas que gravitam em torno do Ensino Superior, do Futebol, do Turismo e outras questões sociais.
Temas como o Turismo, o Futebol, o Ensino Superior ou mesmo a situação social em Campanhã estão presentes nos seis novos livros publicados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). Num evento que contou com alguns dos autores, David Lopes, diretor-geral da fundação, salienta os marcos numéricos conseguidos com as publicações: “Já publicámos nestes últimos oito anos 189 títulos, dos quais evidenciaria a coleção de ensaios com 78, a partir de hoje, e 28 retratos”.
A primeira obra apresentada chama-se “Turista infiltrado” e é da autoria de Bernardo Gaivão. Neste livro, o autor percorre o país de norte a sul sob a perspetiva de um estrangeiro para perceber que retratos levam milhares de turistas de Portugal todos os anos.
Djaimilia Pereira de Almeida escreve sobre crianças com paralisia cerebral no Centro Nuno Belmar da Costa na obra “Ajudar a cair”. Já a jornalista Mariana Correia Pinto faz um retrato de Campanhã, uma zona no Porto marcada pela pobreza e a precariedade. O livro intitula-se “Porto, última estação” e passa-se Rua de Miraflor, pela mão de um assistente social. A autora afirma que o livro consiste numa “viagem por um Porto algo esquecido, por um Porto que está na periferia não só do mapa mas também do pensamento dos portuenses e dos turistas, que dificilmente põem os pés em Campanhã”.
Os novos lançamentos da FFMS incluem dois ensaios no âmbito do Ensino Superior em Portugal. “A Universidade como deve ser”, de António M. Feijó e Miguel Tamen, é a segunda obra da coleção de ensaios escrita a duas mãos. O ensaio tem como base duas razões principais, explica António Feijó. A primeira está relacionada com o facto de os autores estarem ligados à criação da licenciatura em Estudos Gerais; a segunda tem a ver com as ideias partilhadas por ambos sobre o que é e o que deveria ser a instituição universitária.
O livro “O Ensino Superior em Portugal”, escrito por João Filipe Queiró, contempla o ciclo de estudos na sua oferta educativa, no seu funcionamento e nos seus problemas. “Embora o Ensino Superior seja muito falado, é muito pouco conhecido”, observa João Queiró. Temas como as propinas, o processo de Bolonha, e a permanência da sala de aula são alguns dos temas explorados. O diretor de publicações, António Araújo, entende que ambos os livros se complementam e apresentam olhares diferentes sobre a Universidade e todo o Ensino Superior.
O último ensaio, da autoria do jornalista Fernando Sobral, chama-se “Futebol, o estádio global”. A escolha do autor justificou-se pela procura de alguém que pudesse tratar o tema sem demonstrar uma fidelidade a um clube desportivo específico, explica António Araújo. A ideia do livro, conta o seu autor, foi escrever um ensaio fora da “guerra civil” que se vive atualmente no mundo da modalidade. “Tem um aspeto económico, um aspeto desportivo, um aspeto cultural e um aspeto social”, acrescenta.
Quanto às vendas, David Lopes revela que a instituição conta com cerca de 700.000 publicações vendidas. O diretor destacou que cada ensaio da sua coleção tem vendido cerca de 7 000 exemplares, e que as vendas dos retratos ascendem aos 5.000.
De olhos postos no meio digital, a fundação tem publicado as suas edições, ensaios e retratos em formato ebook, e que a próxima aposta serão os audiobooks. A nova estratégia da instituição passará também pela disponibilização das suas obras em espaços de wi-fi gratuitos.
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