Patris pode regressar à corrida na venda do Banco Efisa
A boutique financeira perdeu o concurso em 2015, mas diz estar disponível para voltar a analisar a compra do Banco Efisa. Governo já deu o 'ok' à Parparticipadas para tentar novamente alienar o banco.
O Governo reabriu o processo de privatização do Banco Efisa. E a Patris, que perdeu o concurso há dois anos, pode voltar a analisar esta operação. Isto depois de a venda do banco à Pivot, empresa detida pela Aethel Partners e Miguel Relvas, ter falhado em abril.
“A Patris está interessada no Efisa desde 2011. Não foi ainda contactada, mas, quando for, irá analisar e logo se decide se mantém ou não o interesse“, afirma a boutique financeira ao Jornal de Negócios (acesso pago). A Patris, que ficou com vários ativos do BPN, como foi o caso da corretora Fincor e a seguradora Real Vida, não adiantou mais detalhes.
Como noticiou o Jornal Económico, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, deu luz verde à Parparticipadas para tentar novamente alienar a instituição financeira. Uma informação confirmada pelo presidente da Parvalorem, Bruno Castro Henrique. O Estado vendeu o banco Efisa à Pivot, mas o processo estava pendente da aprovação do Banco Central Europeu (BCE). Ora, o prazo para a conclusão desta aprovação chegou ao fim sem que o BCE se tenha pronunciado e a venda falhou.
Em abril, a CMVM explicou que “a caducidade do contrato resultou de ter terminado o prazo, contratualmente previsto, para a verificação da condição de não oposição do BCE à transação”.
A Pivot, detida por Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, e que conta com Miguel Relvas como acionista, ia pagar cerca de 38 milhões de euros à entidade pública pelo antigo banco de investimento do BPN. A empresa tem ainda como um dos seus grandes acionistas a Aethel, que chegou a apresentar ao Governo uma carta de intenções para comprar o Novo Banco.
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