Montepio já é uma sociedade anónima. Que portas se abrem?
A transformação do Montepio em sociedade anónima foi esta quinta-feira oficializada em comunicado à CMVM. O novo estatuto determina a saída da bolsa mas abre a entrada a acionistas da economia social.
O banco Montepio é agora uma sociedade anónima — os novos estatutos foram esta quinta-feira aprovados em assembleia e ratificados pela Associação Mutualista, que detém agora 99,7% da instituição. Fecha-se a porta da bolsa, abre-se uma janela: com o Fundo de Participação convertido em capital social, novos acionistas podem agora espreitar.
Tomás Correia, o líder à frente da Associação Mutualista, acredita que este passo é um avanço na possibilidade de negociação com “os diversos parceiros da economia social que queiram participar neste projeto“, afirmou o próprio durante a apresentação de resultados do banco. Na perspetiva do presidente da Associação, “o país precisa de um grupo financeiro social forte“.
"Esta aquisição das unidades de participação, naturalmente, vai permitir que o Montepio Associação Mutualista tome um conjunto de medidas, que negoceie com os diversos parceiros da economia social que queiram participar neste projeto de uma forma emocionalmente forte e bem determinada”
A participação da Santa Casa no capital da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) é uma hipótese há muito discutida. Esta, que “não será necessariamente uma aventura” — nas palavras de Santana Lopes –, ficou mais próxima com a recente parceria para “o desenvolvimento nacional da economia social”. Um protocolo assinado no final de junho que já vinha abrir a possibilidade da entrada da Santa Casa na CEMG.
Elisa Ferreira, a agora vice-governadora do Banco de Portugal, afirmou na altura na qualidade de administradora do banco central que existem mais interessados no banco de Félix Morgado para além da Santa Casa.
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