Mota-Engil dispara 5% à boleia de novos contratos em África. Analistas aplaudem
A conquista de novas obras avaliadas em mais de 500 milhões de dólares está a ser bem recebida pelo mercado, com os analistas também a considerarem os novos negócios como positivos para a construtora.
As ações da Mota-Engil são a estrela desta sessão. A conquista de novas obras em África estão a puxar pela cotação da construtora que acelera mais de 5% em bolsa, para máximos de mais de dois anos.
As ações da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins valorizam 5,63%, para os 3,06 euros, tocando máximos de 15 de maio de 2015. Este desempenho acontece depois de nesta terça-feira, já após o fecho do mercado, a Mota-Engil ter anunciado ao mercado que ganhou obras avaliadas em mas de 500 milhões de dólares em África.
Em causa está a assinatura de um contrato de 445 milhões de dólares (378,6 milhões de euros) referente a um projeto de execução de serviços mineiros em Moçambique, adjudicado à Mota-Engil África, e de um contrato de 76 milhões de dólares (perto de 64,7 milhões de euros) que foi assinado pela Mota-Engil Angola.
Construtora acelera em bolsa
A conquista dessa carteira de encomendas está a ser bem recebida pelo mercado, mas também é aplaudida pelos analistas.
O BPI diz que a conquista das novas obras “confirma o outlook encorajador partilhado pela gestão para África”, referindo que o montante global dos contratos representa 10% da carteira de encomendas da Mota-Engil no final de 2016. No que respeita à unidade africana da Mota-Engil corresponde a 25% da respetiva carteira.
No mesmo sentido vai a opinião do CaixaBI. “Com estes novos contratos a Mota-Engil reforça a carteira de projetos a executar nos próximos trimestres“, refere Artur Amaro, analista deste banco de investimento, salientando tratarem-se assim de “notícias positivas para a empresa” e que mostram “o seu dinamismo e capacidade para reforçar a presença numa geografia importante e que poderá constituir um driver de crescimento para atingir os objetivos definidos pela gestão”.
Já o Haitong frisa a relevância do contrato conquistado em Moçambique. “Gostamos especialmente de contratos como o conseguido em Moçambique, onde o cliente é uma grande empresa internacional”, diz o analista Nuno Estácio. “Para África, esses contratos em conjunto com a recente atribuição da recolha de lixo na Costa do Marfim (320 milhões de euros) coloca a carteira de encomendas em quase três mil milhões de euros, o que atribui uma boa visibilidade para o crescimento futuro”, concluiu o analista do Haitong.
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