Este fundo quer dar uma segunda oportunidade às PME ‘doentes’
A CoRe Capital pretende levantar mais de 75 milhões de euros para investir em PME em dificuldades. Este fundo de capital de risco pretende injetar dinheiro na reestruturação de empresas.
Nuno Fernandes Thomaz, Martim Avillez Figueiredo e Pedro Araújo e Sá são os três sócios da CoRe Restart, um fundo de capital de risco que tem como objetivo apostar nas empresas portuguesas que têm dificuldades financeiras e, ao mesmo tempo, estão sem acesso a novo financiamento. Segundo o Jornal de Negócios desta sexta-feira, a meta do fundo é levantar mais de 75 milhões de euros para investir. O projeto encontra-se em fase de constituição na CMVM.
“Há dinheiro para startups como nunca houve neste país, mas permanece aqui um desafio estrutural na economia nacional, que são as pequenas e médias empresas (PME)“, argumenta Martim Avillez Figueiredo, assinalando que é preciso dar uma segunda oportunidade às empresas que têm potencial para serem reestruturadas. A ideia é interferir na gestão dessas empresas, ficando no máximo durante oito anos.
A missão da CoRe Restart passará, assim, por “apanhar este movimento de regeneração”. “Este movimento de regeneração é como um ‘restart’ que precisamos de fazer à nossa economia, para que o tecido económico português que é baseado em PME não desapareça e consiga reiniciar através deste novo dinheiro que a CoRe quer trazer“, aponta o sócio do fundo. No entanto, Nuno Fernandes Thomaz, outro dos sócios, ex-administrador da CGD, admite que “há umas [empresas] que vão mesmo ter de morrer”.
“O nosso propósito é dar uma segunda e terceira oportunidade a estas empresas que merecem ser salvas”, garante Nuno Fernandes Thomaz. O terceiro pilar da empresa, Pedro Araújo e Sá, revela que a aposta será em empresas industriais exportadoras. De lado ficam as startups, o imobiliário, o setor financeiro e a construção. “Um fundo como o nosso tem como objetivo investir em empresas para depois otimizá-las e vendê-las”, sintetiza Nuno Fernandes Thomaz.
Neste momento decorre o processo regulatório. O objetivo da empresa é arrancar com 25% a 30% da meta dos 75 milhões de euros, capital que está a ser levantado junto de investidores institucionais portugueses, como fundos de pensões, seguradoras e family offices, segundo o Negócios.
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