Empresas reduzem exposição ao financiamento da banca
Dados do Banco de Portugal mostram que, no segundo trimestre, as empresas melhoraram a sua autonomia financeira no segundo trimestre e conseguiram melhores condições de acesso ao crédito.
As empresas portuguesas denotam estar a conseguir tornar-se menos dependentes do financiamento de terceiros após as sérias dificuldades em que mergulharam durante a crise financeira. Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta quarta-feira, indicam que as empresas nacionais se tornaram mais autónomas financeiramente no segundo trimestre do ano, conseguindo ao mesmo tempo melhores condições no acesso ao financiamento da banca.
As estatísticas trimestrais da Central de Balanços da entidade liderada por Carlos Costa revelam que a autonomia financeira do setor empresarial — ou seja, o rácio entre o capital próprio e o total do ativo — se fixou em 36% no segundo trimestre deste ano. Ou seja, 0,4% abaixo do que se verificava no final do ano passado.
Simultaneamente, a dependência das empresas relativamente ao financiamento da banca reduziu-se no mesmo período. De acordo com os dados do Banco de Portugal, no segundo trimestre deste ano, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo fixou-se nos 36,4%, abaixo tanto dos 36,7% que se verificava no primeiro trimestre deste ano e dos 37,8% registados no final de 2016.
Estrutura do financiamento das empresas
Para além de conseguirem reduzir a sua dependência do financiamento, as empresas também viram baixar o custo do acesso ao crédito. “O custo do financiamento das empresas não financeiras (juros suportados / financiamentos obtidos) foi de 3,2% no segundo trimestre de 2017, valor inferior aos registados no trimestre homólogo (3,5%) e no final de 2016 (3,4%), refere o Banco de Portugal em comunicado.
A redução da dependência do financiamento da banca acontece num contexto de menor procura pelas empresas, mas em que os bancos também só disponibilizam crédito àquelas que ofereçam as melhores garantias. Os dados mais recentes do Banco de Portugal indicam que nos primeiros oito meses deste ano, os bancos disponibilizaram um total de 18,5 mil milhões de euros em crédito para as empresas. Ou seja, o valor mais baixo do histórico da entidade liderada por Carlos costa que remonta ao início de 2003.
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