Ainda é “muito cedo” para falar no fim do programa de estímulos, diz o BCE
Perante uma inflação acima das previsões, o Banco Central Europeu admite estar atento ao programa de estímulos, descartando uma possível rutura de stock de títulos públicos.
As novas previsões do Banco Central Europeu apontam para valores mais altos de inflação para a zona euro no próximo ano. Neste sentido, o membro do conselho de governadores, Ewald Nowotny, refere que agora não é uma boa altura para falar no programa de estímulos, que o BCE pretende cortar após o mês de setembro do próximo ano.
“Eventualmente haverá uma redução e uma determinada data para o fim [dos programas de estímulos], mas ainda é muito cedo para termos esta discussão”, afirmou Nowotny em entrevista à Bloomberg esta sexta-feira. De acordo com o regulador, a inflação poderá ser superior ao esperado em 2018, porque “os preços da energia estão a subir”, justificou Nowotny, frisando que a inflação ate poderá voltar a desacelerar no próximo ano, mas a inflação subjacente vai acelerar. Nas projeções mais recentes, em setembro, o BCE prevê uma inflação de 1,2% no próxima, com base nas previsões de evolução dos preços do petróleo — 52,6 dólares por barril, ou seja 16% abaixo do valor atual.
Eventualmente haverá uma redução e uma determinada data para o fim [dos programas de estímulos], mas ainda é muito cedo para termos esta discussão.
Na semana passada o BCE cortou em metade as suas compras de dívida para uma base mensal de 30 mil milhões de euros e estendeu o programa de estímulos até ao final de setembro. Quanto a uma possível escassez de títulos detido pelo BCE, Nowotny descarta o possível cenário, afirmando que o banco central dispõe de um stock “forte e em crescimento”, confere. “Nós olhamos para isto de forma atenta, portanto estamos cientes de que se trata de algo para o qual devemos ser cuidadosos”, afirma.
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