BCE corta compras de dívida para metade a partir de janeiro
O Banco Central Europeu vai cortar as compras de dívida para metade a partir de janeiro. Programa de estímulos foi estendido até setembro do próximo ano.
Sem surpresa, o Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir para metade os estímulos monetários a partir do próximo ano. Em vez dos 60 mil milhões de euros mensais, a autoridade monetária vai passar a comprar obrigações dos governos da Zona Euro numa base mensal de 30 mil milhões até setembro, que é quando o Programa termina.
O banco central decidiu deixar inalterada a taxa de juro diretora, enquanto a taxa de depósitos para os bancos vai continuar nos -0,4%. E manter as compras mensais de 60 mil milhões até final do ano. Só a partir de janeiro é que reduz esse montante para metade, com o programa a vigorar até setembro de 2018.
Apesar de definir o timing de saída dos estímulos, o BCE deixa a porta aberta a mais aquisições de dívida pública depois de setembro. “A partir de janeiro de 2018 as compras líquidas de ativos deverão continuar a um ritmo mensal de 30 mil milhões de euros até final de setembro de 2018 ou além disso, caso necessário, e em qualquer circunstância que o Conselho de Governadores considere necessário para a colocar a inflação no caminho da meta” de perto de 2%.
"A partir de janeiro de 2018 as compras líquidas de ativos deverão continuar a um ritmo mensal de 30 mil milhões de euros até final de setembro de 2018 ou além disso, caso necessário, e em qualquer circunstância que o Conselho de Governadores considere necessário para a colocar a inflação no caminho da meta.”
“Se o outlook se tornar menos favorável, ou as condições financeiras se tornarem inconsistentes com progressos adicionais rumo a um ajustamento sustentável da inflação, o Conselho de Governadores está preparado para aumentar o montante ou duração do programa de compra de ativos no setor público“, esclarece a instituição.
Se a extensão do programa por mais nove meses já era amplamente esperada pelos investidores, menos certa era a decisão de reinvestir o dinheiro das obrigações que vencerem entretanto. É o que vai acontecer.
Adianta o BCE que vai continuar a reinvestir “por um período prolongado de tempo depois do fim das aquisições de ativos [em setembro do próximo ano], e sempre que for necessário”, o que deverá contribuir tanto para condições favoráveis de liquidez nos mercados e para uma abordagem apropriada de política monetária”.
"Se o outlook se tornar menos favorável, ou as condições financeiras se tornarem inconsistentes com progressos adicionais rumo a um ajustamento sustentável da inflação, o Conselho de Governadores está preparado para aumentar o montante ou duração do programa de compra de ativos no setor público.”
(Notícia atualizada às 13h07 com mais informação)
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