Credores da Oi criticam rejeição de plano alternativo para a recuperação judicial da empresa

  • Lusa
  • 6 Novembro 2017

Credores da Oi consideram que negativa mostra que os membros do Conselho da Oi são impulsionados pelo objetivo de aumentar os interesses dos acionistas existentes em detrimento dos outros interesses.

Os principais credores internacionais da operadora brasileira Oi criticaram esta segunda-feira a rejeição de um plano alternativo de recuperação judicial para a empresa, apresentado por estes na semana passada.

“Infelizmente, não obstante o facto do ‘Term Sheet’ [termo em inglês que define uma carta de intenções] Revisto dos Credores ter sido desenvolvido especificamente para refletir os comentários recebidos da alta administração do Grupo Oi, a maioria do conselho de administração da companhia rejeitou-o sumariamente durante as negociações”, disseram num comunicado distribuído à imprensa.

Liderado pelo Comité Internacional de Detentores de Bónus (IBC, na sigla em inglês), o grupo Ad Hoc (AHC) e a FTI Consulting, estes credores da Oi acrescentaram que a negativa mostrou “mais uma vez que [os membros do Conselho da Oi] são impulsionados pelo objetivo de aumentar os interesses dos acionistas existentes, em detrimento dos melhores interesses das outras partes“.

Os credores também afirmaram a nomeação de dois novos membros para o Conselho de Administração da operadora brasileira, efetivada durante uma reunião na última sexta-feira, foi “uma violação ultrajante dos padrões de governança corporativa”.

“É óbvio que tais novos diretores foram nomeados para dificultar e contornar os esforços da alta administração do Grupo Oi de negociar planos de reestruturação justos e, em vez disso, atender aos interesses dos acionistas minoritários que exercem o controlo da companhia”, acrescentaram.

É óbvio que tais novos diretores foram nomeados para dificultar e contornar os esforços da alta administração do Grupo Oi de negociar planos de reestruturação justos e, em vez disso, atender aos interesses dos acionistas minoritários que exercem o controlo da companhia.

Credores da Oi

O posicionamento dos credores internacionais da Oi é uma resposta a um outro comunicado divulgado pela empresa hoje de manhã, no qual a operadora brasileira afirma que os acordos de confidencialidade com este grupo de credores foram extintos sem que houvesse concordância sobre o plano de recuperação judicial.

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência, com 27% das ações, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, por não conseguir negociar as dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17,3 mil milhões de euros).

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