Trabalhadores da PT/MEO entregam petição contra “despedimento coletivo”
Representantes de trabalhadores da PT/MEO entregaram na Assembleia da República uma petição com mais de oito mil assinaturas que pretende ir contra o despedimento coletivo feito na empresa.
Representantes dos trabalhadores da PT/MEO entregaram esta segunda-feira na Assembleia da República uma petição com 8.361 assinaturas que defende a alteração da lei de transmissão de empresa ou estabelecimento.
A “petição contra o despedimento coletivo (a prazo) … à portuguesa” foi entregue no parlamento, onde representantes dos trabalhadores da PT/MEO, da CGTP e da UGT se reuniram com o vice-presidente da Assembleia da República, Jorge Lacão, para exporem as principais questões que constam no documento.
Em declarações à Lusa à saída do parlamento, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), Jorge Félix, explicou que uma das questões fundamentais prende-se com a “alteração da lei” que tem a ver com a transmissão de empresa ou estabelecimento – uma figura jurídica presente no Código do Trabalho – e com “direito de oposição do trabalhador”.
Jorge Félix manifestou-se preocupado, pois a situação vivida na PT/MEO “pode vir a ser repercutida em todas as empresas da dimensão da Portugal Telecom”, constituindo “uma forma perversa, abusiva e fraudulenta”.
“As grandes empresas podem, deste modo, libertar-se de um grande número de trabalhadores, e isso é preocupante”, salientou o sindicalista.
Os sindicatos têm acusado a Altice (dona da PT/MEO) de estar a utilizar a transmissão de estabelecimento de forma “fraudulenta” e apontam que 155 trabalhadores foram transferidos para outras empresas fora do universo da PT/MEO, tendo 26 deles rescindido contrato.
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