Eleições de pelo menos 18 países foram manipuladas
A manipulação online e as técnicas de "desinformação" desempenharam um papel fundamental nas eleições de, pelo menos, 18 países, segundo um estudo da Freedom House.
O número de países que utilizou técnicas de manipulação online e promoveu a “desinformação” nas redes sociais aumentou consideravelmente no último ano. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Freedom on the Net 2017“, da Freedom House, publicado esta terça-feira.
De acordo com o relatório, foram encontradas técnicas de manipulação e de “desinformação” em, pelo menos, 18 países, nos últimos 12 meses. Mas, se por um lado a Rússia e os Estados Unidos utilizaram essas técnicas para promover os seus interesses no exterior, outros países (como a Venezuela, as Filipinas ou a Turquia) utilizaram-nas para moldar as opiniões dos seus eleitores.
A manipulação online contribuiu assim, pelo sétimo ano consecutivo, “para o declínio da liberdade da Internet e, consequentemente, para um aumento dos ataques aos defensores dos direitos humanos e media”.
Nesse aspeto, a China foi, pelo terceiro ano consecutivo, “o país que mais abusou da liberdade da Internet, seguido pela Síria e pela Etiópia”.
De acordo com o estudo, vários governos chegaram mesmo a “restringir o serviço de Internet móvel, por razões políticas ou de segurança, muitas vezes em áreas povoadas por minorias étnicas ou religiosas”.
Este estudo é divulgado numa altura em que se discute se a Rússia interferiu ou não nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, apesar de o Presidente russo, Vladimir Putin, já ter garantido ao seu homólogo americano, Donald Trump, que não o fez: “Ele disse-me que não tinha tido absolutamente nenhuma interferência nas nossas eleições“, realizadas há um ano, disse o Presidente norte-americano.
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