Soares da Costa vai processar Mário Ferreira
A rescisão de contrato entre Mário Ferreira e a Soares da Costa continua a dar que falar. A construtora diz que o livro de obra foi roubado. Vai recorrer para as instâncias judiciais.
É mais um capítulo na atribulada história entre o empresário Mário Ferreira e a construtora Soares da Costa, no âmbito da construção do Monumental Palace Hotel (MPH), no Porto. A Soares da Costa, empresa que lidera o agrupamento de empresas que estava a construir o MPH, vai recorrer para o tribunal da decisão de Mário Ferreira de ter rescindido o trabalho com a construtora.
Em declarações ao ECO, Joaquim Fitas adianta: “O ACE, liderado pela Soares da Costa vai demandar nos sítios próprios a empresa Monumental Palace Hotel, devido à rescisão do contrato”.
Para Fitas, a decisão do empresário, dono da empresa Monumental Palace Hotel, não é compreensível. “Deve haver algo que justifique isto, até porque a decisão foi tomada num domingo. No mundo da construção há rescisões todos os dias, mas esta é extemporânea“.
Questionado sobre o que quer dizer com esta frase, Joaquim Fitas adianta: “quando questiono porque é que acontece isto, é porque tem que haver algo que justifique esta decisão porque não é a dois ou três meses do fim da obra que se faz uma rescisão destas”.
E Fitas continua em tom crítico: “Sou um aprendiz de feiticeiro relativamente ao presidente da Douro Azul e portanto não posso entrar neste bate boca“.
Ainda assim, o presidente da construtora levanta algumas suspeitas. “Só ontem é que conseguimos aceder ao contentor da direção da obra, e foram-nos roubados os documentos de registo de obra, nomeadamente o livro de obra“.
Fitas acrescenta: “tivemos que ir à esquadra fazer queixa da situação”.
Sobre a passagem dos trabalhadores da Soares da Costa para uma empresa de Mário Ferreira, o gestor salienta: ” foi anunciado com pompa e circunstância que iriam trabalhar para o dono de obra, mas o que me dizem é que a obra continua parada”.
"Sou um aprendiz de feiticeiro relativamente ao presidente da Douro Azul e portanto não posso entrar neste bate boca.”
Mário Ferreira, que primeiro acusou a construtora de ter desviado verbas destinadas à obra do Monumental Palace e depois pediu mesmo a rescisão de contrato, queixava-se ainda dos atrasos de mais de seis meses na obra.
Agora Joaquim Fitas inverte o jogo e refere: “independentemente das nossas dificuldades constituímos um ACE e suportamos as sucessivas inabilidades e ineficiências do dono de obra, nada aconteceu dentro dos prazos, nem a autorização de licenças. Em setembro ainda não tínhamos a estabilidade do projeto, mas entendemos isso porque um hotel é um organismo vivo e achamos que devia haver cooperação”.
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