Reforma fiscal nos EUA puxa pelas ações e dólar. Já o ouro cai
O Senado dos EUA passou a reforma fiscal de Trump, o que ajuda as ações europeias a somar 1%, enquanto em Wall Street se antecipa novo recorde. Já o dólar registou a maior subida em mais de um mês.
A reforma fiscal de Donald Trump foi aprovada pelo Senado norte-americano e os mercados acionistas estão a apreciar. As ações europeias seguem em forte alta, enquanto os futuros para Wall Street antecipam uma abertura em alta, e o dólar também ganha terreno. Pela negativa, referência para o ouro que perde atratividade como ativo refúgio o que se reflete numa queda de valor.
Foi na madrugada do passado sábado, que a Câmara Alta do Senado aprovou a sua versão com 51 votos a favor, todos de senadores republicanos, e 49 contra, abrindo a porta à descida da carga fiscal para as empresas, mas também para os mais ricos. Com a reforma fiscal do Partido Republicano, a carga fiscal das empresas vai descer de 35% para 20% a partir de 2019, o que para é positivo para o setor empresarial e em consequência também se reflete de forma positiva sobre as ações.
É perante este cenário que os principais índices bolsistas da Europa seguem em forte alta. O Euro Stoxx 600, índice que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas europeias, segue a valorizar 0,94%, para os 387,57 pontos, após duas sessões consecutivas negativas. Já em Wall Street, tudo aponta também para uma abertura positiva. Os futuros sobre o S&P 500 aceleram 0,6%, antecipando um novo recorde histórico para o índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos EUA.
A “chave será o que irá acontecer durante as negociações no Congresso, mas com a aprovação do Senado, o mercado está a antecipar que possam ver algo a passar ainda este ano”, afirmou Kiyoshi Ishigane, estratega chefe da Mitsubishi UFJ Kokusai Asset Management Co, citado pela Bloomberg. “Se olharmos para tal, parece que estão de acordo nos pontos mais importantes, como cortar a taxa de imposto para 20% dos anteriores 35%”, acrescentou o mesmo responsável.
O comportamento do dólar também reflete o otimismo em torno da reforma fiscal nos EUA. A moeda norte-americana segue a valorizar 0,28% face a um cabaz de moedas, depois de já ter estado a ganhar 0,51%, naquela que é a maior subida desde o final de outubro.
"A passagem do plano de impostos no Senado elevou o otimismo acerca dos cortes de impostos às empresas, o que deverá ser positivo para as ações, mas não para o ouro.”
Por sua vez, o ouro está a perder brilho, tendo em conta que com a aprovação do Senado norte-americano se dissipam algumas reticências que existiam relativamente ao plano fiscal de Trump que agora ganha fôlego. O ouro segue a desvalorizar 0,6%, para os 1.272,99 dólares.
“A passagem do plano de impostos no Senado elevou o otimismo acerca dos cortes de impostos às empresas, o que deverá ser positivo para as ações, mas não para o ouro”, antecipava na manhã desta segunda-feira, John Sharma, economista do National Australia Bank.
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